Os estudos linguísticos se constituíram na Unicamp pelo Departamento de Linguística criado no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) em 1968. Tomou forma, assim, o processo de criação de uma Unidade na área dos Estudos de Literatura e de Linguagem.
O projeto visava, como objetivo principal, a formação de pessoal para o ensino superior, voltado para a formação linguístico-literária, em que se propunha investir na qualificação teórica, centrando as atenções no estudo científico das línguas, com atenção específica para a língua portuguesa, o estudo da literatura e as literaturas de língua portuguesa.
A sede desse projeto foi o IFCH de 1968 até a criação do próprio IEL, em março de 1977. De início, foi criado o Grupo de Linguística, responsável por introduzir os estudos da linguística contemporânea nas universidades. Também foi o primeiro Departamento de Linguística criado no Brasil, já então responsável por um bacharelado em linguística e por um mestrado que, rapidamente, ganhou repercussão nacional.
Por volta de 1975, vários fatores levaram esse Departamento a buscar uma atuação mais autônoma em face do IFCH, ao mesmo tempo em que era criada uma licenciatura em letras. A necessidade de profissionalizar os egressos do bacharelado em linguística como professores de português dos ensinos fundamental e médio fez com que às disciplinas do bacharelado em linguística fossem acrescentadas, inicialmente como opcionais, as disciplinas de literatura exigidas pelo currículo mínimo de letras.
Reconhecendo essa situação, o Conselho Diretor da Unicamp aprovou a criação do novo Instituto, formalmente criado pelo Decreto Estadual n° 9597, de 21/03/1977. A nova Unidade – Instituto de Estudos da Linguagem – foi criada sob a coordenação do Prof. Dr. Antonio Candido de Mello e Souza, seu primeiro Diretor, ao lado do Prof. Dr. Carlos Franchi, do Departamento de Linguística. O Instituto traduzia o propósito de abarcar na pesquisa e no ensino o mais amplo leque possível de disciplinas que têm a língua natural como objeto de estudo, promovendo a reflexão crítica sobre todas as manifestações das linguagens.