Resumo: O presente texto objetiva apresentar uma leitura do romance infantil Saudade, de Thales Castanho de Andrade, visando mostrar como ele – ao atender aos anseios da oligarquia rural paulista e brasileira – se configura como um instrumento pedagógico que, durante as primeiras décadas do século XX, veiculava entre os leitores mirins um discurso ruralista que fazia do campo e da vida rural o caminho para a felicidade do brasileiro. Para isso, além da análise crítica da estrutura de Saudade, estabelece-se aqui uma leitura histórica que abrange o período no qual o referido romance foi produzido, bem como também expõe os referenciais pedagógicos que ele sustenta e o sistema literário que o circunda.
Palavras-chave: Literatura; Ruralismo; Utopia; Educação