Resumo: Esta dissertação apresenta uma análise acerca de duas produções jornalísticas que se nomeiam resistentes produzidas em dois períodos distintos: no período da ditadura militar(década de setenta), OPasquim e, no início do século XXI, OPasquim21. Com base no conceito da derrisão, a qual entende a prática humorística como produção ambígua de efeitos de contestação e regulação dos valores e dos códigos culturais dominantes, analisamos o funcionamentos da resistência nas materialidades das capas, dos editoriais e das cartas de leitores. Os três gêneros discursivos permitiram analisar as diferentes posições discursivas da FD de jornalismo de resistência em condições de produção diferentes. Nas capas, as diferentes relações do humor com a língua variando entre o verbal e o não-verbal. Nos editoriais, as práticas de textualização e os modos de dizer que resultam de uma relação com a memória em cada conjuntura. Nas cartas de leitores, a relação estabelecida entre jornal e leitor que pode assumir a forma de cumplicidade, nos anos 70, ou questionamento da falta de eficácia de oposição, no Pasquim21.
Palavras-chave: O Pasquim; Resistência ao governo; Análise do discurso; Humorismo.