Resumo

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PROVISOES PARA ENSINAR LE NO ENSINO FUNDAMENTAL DE 1a. A 4a. SÉRIES : DOS PARÂMETROS OFICIAIS E OBJETIVOS DOS AGENTES

CLAUDIA HILSDORF ROCHA

Orientador(a): José Carlos Paes de Almeida Filho

Mestrado em Linguística Aplicada - 2006

Nro. chamada: T/UNICAMP - R582p


Resumo:
Esta pesquisa, de natureza qualitativa e de base etnográfica (André, 2003), tem como centro de seu estudo o processo de ensinar e aprender línguas estrangeiras (inglês) nos dois primeiros ciclos do Ensino Fundamental, aqui representado por duas escolas da rede municipal e uma escola particular, localizadas em uma pequena cidade do interior paulista. Os objetivos centrais deste trabalho voltaram-se, primeiramente, para a elaboração de justificativas e provisões teóricas para a condução do ensino em questão. Para tanto, desenvolvemos, inicialmente, uma análise documental (PCN-LE), em busca de orientações que pudessem ser transpostas para o contexto especificado. Propusemo-nos, também, ao construir nossas proposições, a ouvir as vozes dos agentes, direta e indiretamente, envolvidos no ensino-aprendizagem de línguas estrangeiras, a saber, diretores, coordenadores, professores de sala, professores de línguas, alunos e pais, a fim de investigarmos seus objetivos e crenças frente ao processo. O referencial teórico que embasou nosso trabalho constituiu-se por estudos voltados à criança como aprendiz de línguas (Cameron, 2001, 2003; Wood, 1998), à natureza comunicacional (Almeida Filho, 1993, 2005) e sociointeracional (Vygotsky, 1998, 2001) da linguagem e da aprendizagem, à noção de linguagem como discurso (Bakhtin, 2003, 2004) e às crenças no ensino de línguas (Barcelos, 2004), sob um viés sociocultural e discursivo (Alanen, 2003; Dufva, 2003). Os resultados indicam a necessidade de diretrizes teórico-práticas especificas para o ensino-aprendizagem de línguas nas séries iniciais do Ensino Fundamental, as quais respeitem a natureza ativa da criança e o os aspectos que a motivam a aprender uma língua estrangeira, como também garantam a função formadora desse ensino. Nossos dados revelam, ainda, a importância de desmistificarmos algumas crenças comuns ao contexto investigado, consideradas inibidoras da aprendizagem, tais como a impossibilidade de o ensino de línguas ocorrer, de maneira efetiva, na escola regular (pública). Evidenciamos, também, no estudo, que as crenças dos participantes encontram-se em tensão a este respeito, na medida em que tal crença pode servir de instrumento de manutenção da exclusão social por meio do ensino de línguas. Em suma, este trabalho mostra a necessidade de investigação mais profunda a respeito das crenças e objetivos dos alunos, professores e terceiros, visando redimensionar o ensino de línguas em escolas regulares, tornando-o mais próximo das expectativas dos participantes, e, também, mais significativo.

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