Resumo

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SEARLE INTERPRETANDO AUSTIN

CLAUDIANA NOGUEIRA

Orientador(a): Kanavillil Rajagopalan

Doutorado em Linguística - 2005

Nro. chamada: T/UNICAMP - N689s


Resumo:
Nesta tese, decidi estudar a estrutura retórica dos discursos teóricos sobre a linguagem para refletir sobre a prática discursiva na produção do conhecimento lingüístico, questionando-lhe o discurso cientificista, o qual postula a adoção de determinados conceitos e determinado método de formalização como pressuposto de qualificação desse conhecimento. A partir de uma perspectiva teórica integracionista (Harris, 1981, 1998), cuja concepção de linguagem, de inspiração wittgensteiniana, permite questionar os mitos da lingüística e valorizar as ações integralizadoras na situação comunicacional, escolhi como objeto de investigação a tradicional interpretação da teoria dos atos de fala de J. Austin pelo filósofo J. Searle, através da análise da estrutura retórica da obra Speech Acts- An Essay in the Philosophy of Language (1969). Partindo da idéia de que a reformulação teórica de Austin por Searle, sua aceitação e repercussões na lingüística e na filosofia são frutos do mito da linguagem, analisei os processos de produção, interpretação e distribuição do texto de Searle e concluí que as concepções tradicionais do discurso cientificista e positivista, bem como a sua retórica da formalização, configuram - se, numa ordem do discurso específica aos estudos da linguagem que, neste trabalho, denomino medo da morte. Para efetuar esta análise, discuti o lugar da retórica numa teoria do discurso, promovendo uma revisão teórico-metodológica do método proposto por Margutti Pinto (1998) em sua análise dos procedimentos argumentativos de Wittgenstein. Desse modo, elaborei, através do estudo da retórica de Searle interpretando Austin, uma proposta de análise retórica através de uma abordagem crítico-discursiva (Fairclough, 2001) condizente com o programa integracionista, que inclui em seus objetivos uma tomada de consciência do caráter integral de nossas ações como lingüistas e acadêmicos, originadas da natureza política, interativa, e social de nossa experiência lingüística. Palavras-chave: Searle; Austin; retórica; medo da morte, lingüística integracionista.

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