Resumo

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ESTUDO ENUNCIATIVO DE UMA POLITICA DE LINGUAS, UM

GABRIELE DE SOUZA E CASTRO SCHUMM

Orientador(a): Eduardo Roberto Junqueira Guimarães

Mestrado em Linguística - 2004

Nro. chamada: T/UNICAMP - Sch86e


Resumo:
A partir de uma visão distinta que tem sido vista pela sociolingüística sobre línguas em contato, concebemos a língua, e as línguas em contato, dentro do quadro teórico da semântica da enunciação, como uma relação de línguas que convivem em um espaço de enunciação específico. Tomando o espaço de enunciação como dispositivo teórico que movimenta as reflexões que sustentam esta dissertação, na relação de línguas e falantes que constitui este espaço, é a língua nacional que determina o falante como cidadão de um determinado país. No espaço de convivência das línguas alemão e português, há uma relação de litígio que as distribui neste espaço, dividindo-as e as fazendo o tempo todo. Não há um lugar estanque para cada uma das línguas que possibilite se pensar numa especialização das línguas segundo categorias pré-estabelecidas. O modo como as línguas alemão e português se configura neste espaço ganha materialidade na análise dos dados coletados nas cidades de descendentes de alemães, localizadas no Paraná. A coleta foi realizada através de entrevistas em alemão. A metodologia usada para as mesmas se afasta da teoria desenvolvida por Labov, de modo que a interação entrevistador/entrevistado não foi apagada e as entrevistas foram acerca das línguas das cidades. O cruzamento das línguas alemão e português foi analisado com as seguintes categorias de análise: cena enunciativa, locutor e enunciador. A análise do funcionamento da linguagem neste espaço de enunciação dá visibilidade à relação constitutiva da língua na constituição dos falantes. A compreensão da constituição do espaço de enunciação das cidades pesquisadas e de como as línguas alemão e português se relacionam na determinação da identidade dos falantes é o lugar de compreender especificamente como se dá a participação de cada uma das línguas, a língua alemã, como memória de uma origem, e o português como a língua nacional que regula o funcionamento do espaço de enunciação, na constituição dupla dos sujeitos falantes.


Palavras-chave: Semântica; Identidade; Bilingüismo; Língua materna

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