Resumo

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PERCURSO DOS SENTIDOS SOBRE A BELEZA ATRAVES...

AURECI DE FATIMA DA COSTA SOUZA

Orientador(a): Eni de Lourdes Pulcinelli Orlandi

Mestrado em Linguística - 2004

Nro. chamada: T/UNICAMP - So89p


Resumo:
Este é um trabalho na área da Análise do Discurso francesa (AD), em que se busca o percurso dos sentidos sobre a beleza através dos séculos. Esse trabalho consiste, então, em pensar os discursos seguindo um caminho, um percurso e descobrir que nessa trajetória eles podem prosseguir, desviar ou mesmo estabilizar. É compreender que o discurso tem uma história e uma memória, e estudá-lo implica na investigação dos processos de sua construção, origem e funcionamento. Considerando que o corpo funciona como materialidade simbólica de significação, propomos compreender de que forma o corpo feminino tem sido significado enquanto um corpo belo. Na busca pelo histórico-discursivo que diz e constrói esse corpo, enveredamos por caminhos e traçados ideológicos materializados em discursos produzidos ao longo de milhares de anos, numa tentativa de resgatar sentidos sobre a beleza feminina e compreender as questões ideológicas que envolvem esses sentidos, e quais os trajetos percorridos por eles, a fim de compreendermos porque eles se apresentam, hoje, visibilizados pela mídia, desta, e não de outra maneira. Para tal investigação, foi fundamental considerar a questão do gênero. Gênero, compreendido aqui, como construção cultural do que a sociedade entende do que é ser homem e do que é ser mulher, pois o modo de agir do homem e da mulher é determinado socialmente e influem na constituição do pensamento, e conseqüentemente da linguagem, constituindo um imaginário de formas de agir de cada sexo. Considerando o corpo como uma superfície sobre o qual se inscreve o social, procuramos compreender, em alguma medida, como o discurso se faz corporeidade; ou seja, como os discursos se fazem prática ao dizer sobre os corpos, numa ação que envolve poder - o poder-dizer sobre - funcionando como um Aparelho Ideológico do Estado (AIE), capturando nosso imaginário e construindo nossa consciência. Condições de produção revelam-se um suporte fundamental nesse trabalho, pois cada época investe diferentemente sobre os corpos, construindo normas e condutas que estão ligadas ao imaginário social que as tornaram possíveis. A partir desse imaginário, o corpo está sempre (re) descoberto e (re) inventado, e os sentidos que se apresentam sobre ele são sempre provisórios. E o que possibilita esse movimento, é o fato de os sujeitos serem simbólicos e históricos, condição básica para que haja sujeitos e sentidos.

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