Resumo: Nosso objetivo é investigar a relação entre insanidade e atividade literária na obra de Araripe Júnior, no final do século XIX e início do XX, por meio de seus textos críticos e ficcionais, inserindo essa problemática num campo político de conflito. Ao longo da pesquisa, percebemos a importância do corpo do escritor, em seu aspecto orgânico e psicológico, para o debate literário do período, pelo menos no caso de Araripe que, partindo desta discussão, utiliza os termos "loucura", "degenerescência", "pânico literário", "enfermidades estilísticas" etc. para estabelecer um movimento de medicalização do espaço literário.