Resumo: A presente dissertação analisa as imagens de escravidão em O Tronco do Ipê (1871) e Til (1872), dois romances de José de Alencar. Essas obras foram publicadas em um momento em que, no plano político, as discussões acerca do chamado "elemento servil" aqueciam a nação e, no plano literário, discutia-se a criação de uma literatura genuinamente brasileira. José de Alencar, como político e como literato, participou ativamente dessas discussões e registrou suas opiniões tanto em textos políticos e críticos quanto em romances. A dissertação analisa o diálogo entre as convicções do político acerca da chamada "questão servil" e a prática do romancista no tratamento dispensado aos escravos e à escravidão no romance, gênero que, para ele, devia constituir uma "fotografia da sociedade".