Resumo

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DESCOMPASSO ENTRE ESTILO DE ENSINO/APRENDIZAGEM E OS...

CARLA REGINA RACHID OTAVIO MURAD

Orientador(a): Eunice Ribeiro Henriques

Mestrado em Linguística Aplicada - 2004

Nro. chamada: T/UNICAMP - M931d


Resumo:
Esta pesquisa parte do pressuposto de que existem dois estilos básicos de aprendizagem e de ensino-sensorial e intuitivo-compostos por cinco dimensões (sensorial/intuitivo; visual/verbal; ativo/reflexivo; sequencial/global; dedutivo/indutivo). O foco recairá sobre esta última dicotomia, que se refere às duas formas de se processar a informação. No ensino/aprendizagem de línguas, a dedução implica o estudo das regras gramaticais ("usage") e a indução, o uso da língua para a comunicação ("use"). Trata-se de um estudo de caso, com 18 sujeitos, majoritariamente indutivos. A professora, por sua vez, também tem preferência pela indução embora tenha de lecionar uma disciplina sobre gramática, o que requer, desta feita, uma organização que tende mais para a dedução. Para determinar os estilos individuais dos sujeitos, aplicamos dois questionários (Felder et al.). Além disso, analisamos uma gravação, em vídeo, de uma aula de gramática e uma, em áudio, da retrospectiva, feita pelos sujeitos, sobre seu desempenho no vídeo. O objetivo geral desta pesquisa é analisar a relação entre os estilos de ensino da professora e de aprendizagem dos sujeitos, tendo em vista o interesse central dos aprendizes, que é aprender gramática. Os pressupostos teóricos são os seguintes: 1) existem duas formas básicas de se aprender e de se organizar a aula: dedutiva ou indutivamente; 2) na sala de aula, existem alunos indutivos e dedutivos e um professor indutivo ou dedutivo; 3) a referência pela aprendizagem indutiva ou dedutiva depende, em geral, do estilo individual de cada um; e 4) para proporcionar um ambiente mais favorável à aquisição/aprendizagem em sala de aula, é preciso usar ambos os processos-dedutivo e indutivo. Este estudo verificou um descompasso entre as preferências da professora (priorizar o uso da língua) e os objetivos dos alunos (aprender gramática). Por serem adultos, eles têm muita clareza sobre seus objetivos. Por pretenderem ser tradutores, objetivam preencher as lacunas existentes em seu conhecimento da língua inglesa, através da prática e do estudo da gramática. Do seu ponto de vista, isso os tornaria mais confiantes e melhor preparados, como profissionais. Subjacente a tal crença existe uma concepção de linguagem estruturalista, que predomina nessa escola (e em muitos institutos de inglês no Brasil). Para contornar as dificuldades encontradas, devido a esse descompasso, chegamos à conclusão de que o conteúdo de um curso de línguas deve ser trabalhado dedutiva e indutivamente, a fim de atender aos diferentes estilos de aprendizagem. Além disso, os objetivos (ou interesses) do grupo devem ser priorizados, sempre que possível, sobretudo no caso de aprendizes adultos.

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