Resumo

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BORDAS DO FOTOGRAFICO E DA FOTOGRAFIA, FRONTEIRAS TENUES

MARISA TEIXEIRA DA SILVA

Orientador(a): Suzy Maria Lagazzi Rodrigues

Mestrado em Linguística - 2004

Nro. chamada: T/UNICAMP - Si38b


Resumo:
A busca da compreensão do modo como se constituem os sentidos na "leitura" das fotografias é a questão organizadora deste trabalho. A análise do discurso sobre a fotografia constitui o meu ponto de ancoragem teórico-analítico a partir do qual foi sistematizada minha observação. Tomando como corpus inicial fotografias consideradas artísticas no lugar do saber institucionalizado, no contraponto com fotografias tidas como não-artísticas nesse mesmo espaço, realizei entrevistas com especialistas e não-especialistas em fotografia, que deram a sua opinião sobre as mesmas. O material de análise, então, passou a ser os dizeres dos sujeitos nas posições: Saber não específico Sobre Fotografia (S.n.e.F.), Saber sobre Fotografia (S.s.F.) e Saber sobre o Saber Fotográfico (S.s.S.F.). Com o estudo sobre a história da fotografia, foi fundamental observar o funcionamento dos sentidos em duas ordens discursivas distintas, as quais denominei a "ordem do fotográfico" e a "ordem da fotografia". A ordem do fotográfico imprime nas discursividades sobre a fotografia uma direção: a busca da especificação do artístico em fotografia. No processo de especificação do artístico, outras discursividades, identificadas com o espaço generalizante do senso-comum sobre a fotografia, mostraram-se atravessando este funcionamento. Estas questões me levaram a refletir sobre o modo de constituição dos sentidos que buscam a delimitação do artístico e que ao mesmo tempo tornam tênues as suas fronteiras. O modo de constituição dos juízos de valor na relação com os detalhes imaginariamente construídos nos olhares sobre as fotografias possibilitou a observação de um lugar de deslize atravessando as discursividades, constituindo-se como um espaço desestabilizador dos sentidos pré-construídos sobre a fotografia. A especificação do artístico e a generalização do não-artístico se constituem no imaginário, no entanto a distinção entre um e outro é fluida, porque é atravessada por uma discursividade que permeia estes dois lugares: a beleza na fotografia.

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