Resumo

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TELEVISAO BRASILEIRA: A COMUNICACAO INSTITUCIONALIZADA

TELMA DOMINGUES DA SILVA

Orientador(a): Eduardo Roberto Junqueira Guimarães

Doutorado em Linguística - 2002

Nro. chamada: T/UNICAMP - Si38t


Resumo:
Este é um trabalho na área da Semântica, em que a televisão brasileira é abordada enquanto enunciação. Os programas analisados foram o noticiário noturno e a telenovela, mais especificamente a cena (na telenovela) e a notícia (no telejornalismo), unidades de produção na própria televisão, que organizam o seu cotidiano de trabalho. Nesse contexto, procurei mostrar como a pauta age na produção das notícias e o enredo na produção das cenas, compreendendo pauta e enredo não no sentido tradicional e empírico, mas como memória histórico-discursiva. A Comunicação deveria constituir-se em um debate racional, e a Mídia uma instituição mediadora, no âmbito de uma sociedade democrática. Na perspectiva desse trabalho, o que a Mídia faz não é intermediação, mas produção de sentido, em um processo que constitui uma determinada visibilidade para o público, ao colocar em cena aquilo com que esse público deve lidar para estar informado/ atualizado... Primeiramente, a televisão aprofunda o imaginário da imprensa como instituição mediadora, pois, na sua forma de colocar em cena os acontecimentos, produz o efeito de uma imagem direta. Da institucionalização da televisão faz parte o desenvolvimento de instrumentos como o vt e a rede, bem como uma definição da fotografia, na sua cor, no seu foco etc. e uma definição de sua programação... Instrumentos/técnicas/ procedimentos/ normatizações... da televisão funcionariam no sentido de colocar em cena a realidade/ sociedade já dadas) para a compreensão do público, através da imagem direta ou da reconstituição. De modo a produzir uma enunciação da atualidade, a televisão formula-se como um diálogo constante, cotidiano, entre ela, instituição, e o seu público, o telespectador, que se realiza por exemplo pelo centramento da figura no vídeo, pela definição do foco (profundidade), que permite a aproximação da câmera etc. Como discurso jornalístico e como discurso cultural (ficção) sobre a sociedade, a televisão constitui os efeitos de informalidade e de instantaneidade, pela própria materialidade audiovisual, em que se destaca a figura de uma apresentador, o jornalista ou o comunicador, falando ao telespectador. Dadas as condições de sua produção, a televisão realizará portanto um deslocamento sobre o sentido do debate como espaço público de confronto de opiniões, através dos efeitos de intimidade e de familiaridade em sua enunciação. Mostro como no imaginário em que funcionam os processos discursivos da mídia, dadas as injunções à Comunicação, o domínio do público ou é um espaço consensual de interpretação, ou é um espaço previsível de disputa pelo sentido - senão, não lhe seria possível a compreensão das informações levadas até ele, a sua informação

Palavras-chave: Jornalismo - Brasil , Comunicação de massa , Novelas de radio e televisão - Brasil , Analise do discurso

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