Resumo: A partir das interpretações que Derrida (1990) e Rajagopalan (1989; 1990; 1992a; 1996a; 1996b; 2000a; 2000c) fazem da teoria dos Atos de Fala de Austin (1976; 1998), e partindo por outro lado da teoria de gênero de Butler (1998; 1997; 1998), esta tese analisa, no processo performativo de significação, as estilizações das identidades de gênero na relação com a própria linguagem. Como primeiro passo, este estudo reflete teoricamente sobre a problemática da identidade a partir dos conceitos de ato de fala, de metalinguagem e de gênero. Em seguida foi feita uma análise qualitativa de entrevistas de longa duração com duas mulheres e dois homens, jovens universitários, evidenciando como as estilizações de gênero organizam identidades plurais, e, ao mesmo tempo, organizam identidades bipolares opostas pela obrigação/embargo da prática da violência lingüística
Palavras-chave: Atos de fala (Linguistica) , Corpo humano , Metalinguagem