Resumo

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PROTOTIPO DE UM LEXICO PARA O PROCES...

JORGE BIDARRA

Orientador(a): Edson Françozo

Doutorado em Linguística Aplicada - 2001

Nro. chamada: T/UNICAMP - B473p


Resumo:
A maioria das palavras em português revela um alto grau de polissemia. Apesar disso, os modelos de léxicos convencionais não têm se mostrado aptos para lidar adequadamente com o fenômeno. O tratamento que dão às palavras polissêmicas, não raro, é exatamente o mesmo aplicado aos casos de homonímia. Ou seja, para cada significado diferente que a palavra admite, cria-se uma nova entrada no léxico, totalmente desarticulada dos demais sentidos, mesmo que entre eles haja algum tipo de relacionamento semântico estabelecido. A principal implicação desta falta de estruturação é que ao sistema lexical deixa-se pouco ou nenhum recurso para enfrentar situações tais como aquela em que um novo sentido de uma palavra é detectado mas que não encontra correspondência com qualquer das entradas descritas no léxico. Esta tese investiga justamente o problema da representação no léxico de palavras ambíguas, mas em particular no que tange à polissemia adjetival, e propõe um protótipo de léxico semântico para o PLN. O modelo em si resulta da integração de duas importantes teorias gramaticais, quais sejam, a do léxico gerativo de James PUSTEJOVSKY (1991, 1995) e a da HPSG desenvolvida por Carl POLLARD e Ivan A. SAG (1987, 1994). Do ponto de vista da arquitetura, o léxico como aqui é proposto, e que se encontra formalmente especificado, apresenta algumas vantagens (das quais citaremos apenas três) em relação a outras modelagens existentes. Uma delas dizendo respeito a sua capacidade para integrar de uma maneira bastante satisfatória ambos os níveis de representação sintática e semântico-conceitual de qualquer um dos itens a serem lexicalizados. Uma outra vantagem é que, partindo de uma representação lexical interna ricamente estruturada, cujas especificações são feitas com base nas chamadas estruturas de traços tipadas, dá-se ao modelo um alto poder de expressividade, na medida em que pela unificação das estruturas toma-se também possível combinar informações que não só as oriundas do próprio item lexical mas também aquelas obtidas de outros itens que com ele se estruturam para formar uma expressão gramatical mais complexa. A terceira e última vantagem, talvez sendo ela a mais importante de todas, tem a ver com a habilidade do modelo para, a partir de uma única entrada lexical (esta representando a especificação do significado básico e central da palavra polissêmica), capturar cada um dos diferentes sentidos que o item em questão possa admitir quando submetido ao contexto

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