Resumo: Procuramos, neste trabalho, a partir da perspectiva teórica da Semântica Histórica da Enunciação, mostrar o movimento das designações que referem Israel/israelense e Palestina/palestinos no discurso da imprensa, movimento esse constitutivo da significação que institucionaliza e estabiliza determinados sentidos silenciando outros, sendo que esses sentidos institucionalizados são os sentidos ditos verdadeiros, os do senso comum. Desenvolvemos nesta pesquisa, primeiramente, uma reflexão sobre a concepção, ainda muito forte, de que a atividade jornalística preza (assegura) uma de suas principais regras básicas, a da exigência da imparcialidade. Em seguida analisamos o processo de reescrituração das designações que referem Israel/israelenses e Palestina/palestinos no discurso da imprensa. Para essa análise consideramos três aspectos: a. o da estrutura morfossintática; b. o do funcionamento semântico-enunciativo e c. o das determinações. Essas análises nos levaram a compreensão do processo das formações imaginárias constitutivas da imagem que o jornal constrói de si mesmo e daquilo de que trata
Palavras-chave: Semantica , Referencia (Linguistica) , Imprensa , Parafrase , Polissemia