Resumo

Versão para impressão
INTERDITO COMO FUNDADOR DO DISCURSO, O

FABIO ELIAS VERDIANI TFOUNI

Orientador(a): Nina Virgínia de Araújo Leite

Mestrado em Linguística - 1998

Nro. chamada: T/UNICAMP - T319i


Resumo:
O objetivo deste trabalho é o de refletir sobre o interdito como fundador do discurso. Assim, o trabalho possui uma ligação com a questão do não dito em Pêcheux e com a Questão do silêncio em Orlandi. Iniciamos nossa investigação observando o transbordamento de sentido na lógica e na pragmática para chegar ao discurso. Observamos o transbordamento desde uma concepção lógica, onde analisamos casos como o entalhe e a pressuposição, até elementos causativos implícitos e a consideração do contexto. Daí o transbordamento passa para a questão do não dito tal como formulado na análise do discurso (AD). Argumentamos que é preciso que não se diga tudo para que algo seja possível de dizer. Assim, notamos que no conceito de enunciação Pêcheux se refere a que o dizer consiste em atualizar certos sentido e apagar outros. Se fosse possível o tudo dizer haveria uma tal transparência que não seria preciso dizer nada, de tão obvio que seria. Assim, em Pêcheux, um esquecimento radical, o número um , é o que funda a subjetividade na língua. Esse esquecimento é o que ocorre na metáfora paterna que é o elemento interditor. Essa metáfora surge como injunção ao dizer. Assim, como não pode haver transparência, é preciso que se diga algo, de modo que é impossível não ser falante. A metáfora paterna consiste numa substituição significante onde o "nome do pai" substitui o "desejo da mãe", de modo que o resultante dessa operação é o que afirma a tese do interdito, a saber, que a verdade do sujéito é que há recalque. Há a questão da diferença entre o impossível e o proibido. O proibido é o que não se pode dizer no nível do enunciável, e não poder dizer o que é dizível, assim o proibido é relativo a um saber consciente. Já o impossível é o que não se pode dizer num nível estrutural não depende de uma legislação e conceme um saber que é inconsciente e estrutural. o impedimento estrutural pode ser visto através de um modelo feito pela rede a~y(5. Quanto à questão do silêncio, concordamos com Orlandi, que o silêncio é condição necessária para haver dizer, mas não é condição suficiente, assim para nós o silêncio deixa de ser o fundador, o fundador é o interdito. Assim, é preciso haver não dito para haver dito: Esta é uma forma de falar do silêncio ou do não dito como constitutivo. Há o silêncio no nível do proibido e do impossível. Concluímos que a tese do interdito possui argumentos suficientes para ser levada em conta no estudo da linguagem


Palavras-chave: Silencio , Analise do discurso , Psicanalise

. Rua Sérgio Buarque de Holanda, no 571
Campinas - SP - Brasil
CEP 13083-859

...

IEL - Based on Education theme - Drupal Theme
Original Design by WeebPal.