Resumo

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ALTERACOES FONO-ARTICULATORIAS NAS AFASIAS MOTORAS:...

MARGARETH DE SOUZA FREITAS

Orientador(a): Maria Irma Hadler Coudry

Doutorado em Linguística - 1997

Nro. chamada: T/UNICAMP - F884a


Resumo:
Inserido no Projeto Integrado em Neurolingüística, intitulado Contribuições da pesquisa neurolinguística para a avaliação do discurso verbal e mental, cf processo n° 52.1773/95 - CNPq, coordenado pela profa Dra. Maria Irma Hadler Coudry, este trabalho contempla aspectos fonético-fonológicos das afasias, discutindo o papel da apraxia buco facial e o estatuto da chamada apraxia da fala na constituição das alterações fono-articulatórias e buscando uma descrição mais precisa tanto dos aspectos neurolingüísticos quanto lingüísticos envolvidos nesses quadros. Levando em conta a constelação semiológica vigente nos estudos dessa natureza, faz-se um levantamento do estado da arte da literatura neuropsicológica sobre as afasias motoras, apresentando as controvérsias dos vários autores no que se refere à descrição dos problemas fonético-fonológicos que acompanham essas afasias, enfatizando-se a contribuição do neuropsicólogo russo AR. Luria, cuja proposta de distinção entre Afasia Motora Aferente e Afasia Motora Eferente, a despeito de representar um fato fisiológico inquestionável, parece não ser condição nem necessária nem suficiente para a compreensão dos problemas fono-articulatórios presentes nas afasias. A contraparte lingüística da proposta de base fisiológica de Luria, dada pela classificação (funcionalista) do lingüista Roman Jakobson (através do cruzamento dos eixos Sintagmático e Paradigmático), embora demasiadamente generalizante, já constitui um avanço, fornecendo uma base lingüística para a reflexão neurolingüística que os problemas fonético-fonológicos suscitam. A inclusão do caso EV, uma afasia posterior, entre os casos de afasia motora permite uma quebra na rígida demarcação de áreas existente entre afasias posteriores e anteriores, deslocando a antinomia compreensão/produção para a análise integrada do processamento léxico-fonológico. Assim, considerando a localização da lesão apenas um indicativo do estado cognitivo geral do sujeito, busca-se avaliar, à luz de modelos fonológicos de base acústica e articulatória (a proposta de Jakobson et al. (1952) e de Clements & Hume (1993), respectivamente), o déficit lingüístico dos sujeitos, a fim de poder contribuir para o diagnóstico diferencial, fornecendo subsídios para a conduta clínica de recuperação


Palavras-chave: Inserido no Projeto Integrado em Neurolingüística, intitulado Contribuições da pesquisa neurolinguística para a avaliação do discurso verbal e mental, cf processo n° 52.1773/95 - CNPq, coordenado pela profa Dra. Maria Irma Hadler Coudry, este trabalho contempla aspectos fonético-fonológicos das afasias, discutindo o papel da apraxia buco facial e o estatuto da chamada apraxia da fala na constituição das alterações fono-articulatórias e buscando uma descrição mais precisa tanto dos aspectos neurolingüísticos quanto lingüísticos envolvidos nesses quadros. Levando em conta a constelação semiológica vigente nos estudos dessa natureza, faz-se um levantamento do estado da arte da literatura neuropsicológica sobre as afasias motoras, apresentando as controvérsias dos vários autores no que se refere à descrição dos problemas fonético-fonológicos que acompanham essas afasias, enfatizando-se a contribuição do neuropsicólogo russo AR. Luria, cuja proposta de distinção entre Afasia Motora Aferente e Afasia Motora Eferente, a despeito de representar um fato fisiológico inquestionável, parece não ser condição nem necessária nem suficiente para a compreensão dos problemas fono-articulatórios presentes nas afasias. A contraparte lingüística da proposta de base fisiológica de Luria, dada pela classificação (funcionalista) do lingüista Roman Jakobson (através do cruzamento dos eixos Sintagmático e Paradigmático), embora demasiadamente generalizante, já constitui um avanço, fornecendo uma base lingüística para a reflexão neurolingüística que os problemas fonético-fonológicos suscitam. A inclusão do caso EV, uma afasia posterior, entre os casos de afasia motora permite uma quebra na rígida demarcação de áreas existente entre afasias posteriores e anteriores, deslocando a antinomia compreensão/produção para a análise integrada do processamento léxico-fonológico. Assim, considerando a localização da lesão apenas um indicativo do estado cognitivo geral do sujeito, busca-se avaliar, à luz de modelos fonológicos de base acústica e articulatória (a proposta de Jakobson et al. (1952) e de Clements & Hume (1993), respectivamente), o déficit lingüístico dos sujeitos, a fim de poder contribuir para o diagnóstico diferencial, fornecendo subsídios para a conduta clínica de recuperação

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