Resumo: Distinguem-se três segmentos consonânticos: não-palatais, palatais e palatalizados. A palatalização é vista como uma articulação enérgica e firme, caracterizada palatograficamente pela maior área de contato línguo-palatal. Refuta-se a teoria da moleza e da instabilidade das palatais. As despalatalizações são explicadas pelo enfraquecimento articulatório, causado por fatores extralinguísticos. As palatalizadas apresentam palatogramas idênticos aos das consoantes não-palatais, articuladas energicamente. Estuda-se o português brasileiro - dialeto paulista - e usa-se o método indireto com dois novos esquemas palatográficos: a visão lateral e a frontal, além do palatograma tradicional. Os testes foram feitos com placas de acrílico auto-polimerizado. A análise dos dados revelou a presença da lateral e da nasal palatal, e tendências despalatizantes dessas consoantes orientadas em sentidos diferentes. Revelou também muitas consoantes palatalizadas. Apresentam-se cento e trinta e uma fotos de palavras-palatogramas, com os respectivos esboços. Há uma introdução ao método palatográfico, sua situação atual nas pesquisas fonéticas e uma bibliografia específica.
Palavras-chave: Lingua portuguesa - Palatalização