Resumo: Neste trabalho, problematizo a procedência do estudo das Línguas de Sinais realizado no âmbito da Lingüística. Minha argumentação se baseia no fato de que, como os modelos teóricos dessa ciência foram criados a partir das línguas Sinais. faladas, "eles não são aplicáveis às Línguas de Como ilustração à minha argumentação, analiso e questiono a validade da utilização de dois programas avaliação (IAI e RID) de Tradutores de/para Língua de Sinais, considerando que tais programas foram concebidos segundo os modelos teóricos da Lingüística. Uma vez questionada a procedência do estudo das Línguas de Sinais no âmbito da Lingüística, argumento que estudos a respeito de um tipo de manifestação de linguagem em três dimensões, como são essas línguas viso-espaciais, demandam uma concepção de linguagem diferente daquela que norteia a Lingüística. Sugiro, então, que as Línguas de Sinais sejam concebidas a partir de uma abordagem performativa da linguagem, ou seja, enquanto atos ilocucionários
Palavras-chave: Linguistica , Atos de fala (Linguistica), Surdos - Meios de comunicação , Tradução e interpretação