Resumo

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LIGACAO NAO-SELETIVA DE SUBJUNTIVOS: SUAS IMPLICACOES...

JAZON DA SILVA SANTOS

Orientador(a): Charlotte Marie Chambelland Galves

Mestrado em Linguística - 1996

Nro. chamada: T/UNICAMP - Sa59L


Resumo:
Este trabalho focaliza fenômenos lingüísticos existentes em complementos oracionais que apresentam problemas para a Teoria da Gramática Gerativa, tanto no modelo de Princípios e Parâmetros como no Minimalista. Alguns complementos expressos no modo subjuntivo mostram-se transparentes a elementos de sua oração matriz, como aqueles de verbos como querer, cujos sujeitos pronominais sofrem a restrição de serem disjuntos em referência do sujeito principal (efeito-SDR) - algo não previsto pelo princípio B da Teoria da Ligação (Chomsky, 1981/1993), já que tais orações, assim como as no indicativo, possuem tanto um SUJEITO acessível como um regente para o sujeito pronominal encaixado. Esses complementos ainda exibem um quadro temporal aparentemente dependente do da oração principal. Ao invés de perseguir uma análise unificada para os dois fenômenos, argumento contra uma tal análise, relacionando o efeito-SDR a dois outros fenômenos: a possível extração-QU a partir dos complementos citados e a partir de complementos de verbos como achar, acreditar (estejam eles no subjuntivo ou no indicativo) mas não de complementos de verbos como lamentar (também expressos no subjuntivo); e a possibilidade de operadores na principal "licenciarem" itens de polaridade (negativa) em complementos de achar, acreditar (apenas se expressos no subjuntivo, no italiano e no espanhol), mas também não em complementos de lamentar. A (direção para a) análise unificada desses três fatos, proposta neste estudo, baseia-se no tratamento dos tempos subjuntivos como indefinidos que, assim como suas contrapartes nominais (os NP indefinidos), precisam ser ligados por algum operador, visto que indefinidos correspondem a variáveis livres em níveis semânticos (Lewis, 1975; Heim, 1981; Diesing, 1992). Com base na semântica dos complementos estudados, sugiro a existência de diferentes COMPs: quando estes se constituem, em operadores capazes de ligar o subjuntivo, o complemento apresenta um comportamento de oração independente, no sentido em que não se mostra transparente a elementos da principal, ou apenas se mostram parcialmente transparentes. Quando não há um desses COMPs disponível, algum elemento na principal liga o subjuntivo, fazendo com que o domínio de ligação de um pronome seja extendido, e ainda permitindo que itens polares no complemento possam ser licenciados por elementos principais e que elementos-QU sejam extraídos.


Palavras-chave: Gramatica gerativa , Linguistica

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