Resumo

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ASPECTOS ARGUMENTATIVOS E POLIFONICOS DA LINGUAGEM DA...

LUCI BANKS-LEITE

Orientador(a): Eduardo Roberto Junqueira Guimarães

Doutorado em Linguística - 1996

Nro. chamada: T/UNICAMP - B226a


Resumo:
Este estudo trata da argumentação em crianças de língua portuguesa com idade média de 5 anos e se insere no contexto da Semântica das Línguas Naturais, tal como esta é elaborada por O. Ducrot e seus colaboradores mais próximos. Primeiramente, examinamos a concepção de argumentação retórica, ressaltando o papel que a língua/linguagem desempenha nesse contexto e focalizamos algumas linhas de pesquisa empreendidas por psicólogos e psicolingüistas que trabalham sobre esse tema, em uma perspectiva genética. Com freqüência, essas pesquisas experimentais assinalam o caráter tardio da produção do discurso argumentativo, bem como da compreensão de marcas argumentativas - operadores e conectores - por jovens sujeitos. Em confronto com a concepção tradicional de argumentação, bem como a de língua-instrumento de comunicação que predomina nessa abordagem, apresentamos alguns aspectos da teoria da Argumentação na Língua que discute e redimensiona problemas semânticos clássicos de sentido/significado questionando assim a concepção de língua-instrumento de comunicação. Para realizar um estudo nessa perspectiva, foi constituído um corpus de crianças de idade média de cinco anos, observadas em uma classe de pré-escola em situações de "trocas lingüísticas" d_s crianças entre elas e entre crianças e adultos. Foi possível, então, proceder a uma análise de enunciados focalizando três pontos principais: as relações argumento-conclusão estabelecidas pelos locutores, os topoi sobre os quais essa relações se apóiam, o funcionamento de alguns concessivos - mas, só que, mesmo que; foi possível, sobretudo, em relação a este último ponto, revelarmos aspectos polifônicos desses enunciados, explorando assim uma dimensão fundamental do quadro teórico no qual se insere este trabalho. A discussão dessas análises nos permite, de um lado, afirmar que existe uma argumentação já bastante elaborada nessa faixa etária e, de outro, refletir sobre questões mais amplas, tais como a concepção de língua/linguagem e da relação cognição/linguagem, predominantes nos trabalhos atuais no campo da Psicologia

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