Resumo: Esta dissertação tem por objeto a dicotomia tradicional entre teoria e prática na qual se baseia o ensino de tradução, o que transparece nos currículos de cursos de tradução de universidades do Brasil e do exterior. Mediante a análise desses currículos e de publicações abordando o tema da formação do tradutor, bem como de questionários que investigam a visão de professores e alunos sobre a questão, este trabalho pretende mostrar que tanto professores e alunos quanto pesquisadores da tradução vêem a teoria como algo problemático e desvinculado da prática. Partindo do pressuposto de que essa visão é gerada por uma matriz teórica que, em geral, pretende atribuir ao processo da tradução um caráter "científico", com pretensões de objetividade e racional idade, este trabalho também se propõe a analisar os problemas que essa visão traz para a formação de tradutores, ressaltando a importância de se explicitar o vínculo que une a teoria à prática da tradução
Palavras-chave: Tradução e interpretação , Tradutores , Linguas , Linguistica aplicada