Resumo: Este estudo visa analisar o comportamento dos adjuntos adverbiais no que concerne à extração longa, como em: (I) Onde Pedro disse que a Maria comprou o presente t ? Delimitando-se como quadro teórico a Teoria Principios e Parâmetros e suas vinculações, defende-se aqui a subdivisão já proposta em alguns estudos (Aoun et a!., 1987 e Rizzi, 1990) para a classe de adjuntos: referenciais (onde/quando) versus não-referenciais (como/por que). A partir de testagem empí~ica, corrobora-se a relevância da subdivisão uma vez que se atesta a possibilidade da interpretação dos adjuntos adverbiais com a sentença encaixada mesmo em ambiente de ilha fraca (ilha factiva), em oposição aos não-referenciais:(2) Onde Pedro descobriu que a Maria comprou o presente t ? (3) ~or que Pedro descobriu que a Maria comprou o presente t* ?Propõe-se um modelo baseado em Cinque (1990) em que o caráter da referencialidade do elemento movido é traduzido pela formação de cadeias distintas: ligacão para a relação entre um operador referencial e sua variável e regência para a relação operador nãoreferencial/variável. Esse modelo permite, ainda, questionar a atuação independente do Principio da Subjacência.O trabalho aponta para o enriquecimento ganho pela teoria a panir do momento em que se começa a trabalhar a questão (iii) do programa de pesquisa gerativista, ou seja, - a questão do uso do conhecimento lingüístico. Vislumbra-se o quanto os estudos de "parsing" terão a acrescentar à teoria, equipando-a com instrumentos eficazes para a auto-testagem de sua adequação e poder explanatório, no que diz respeito ao seu papel no processamento da língua