Resumo: Mostra-se em que medida se justifica um estudo dos seis volumes das Memórias de Pedro Nava, numa analogia com os móbines de Alexander Calder. Procura-se, assim, garantir a leitura das Memórias nas suas contradições internas, não deixando de lado a heterogeneidade das narrativas que as compõem. O vínculo explícito entre história e ficção é analisado sob o viés do sentido que institucionalmente se dá à autobiografia . Sugere-se que as Memórias de Nava devam ser lidas, sempre, como se denominam - uma forma "anfíbia" entre a história e a ficção, juntando sempre, em seus seis volumes, a forte impressão que deixa seu narrador que faz o tempo todo "autoficção".
Palavras-chave: Autobiografia; Narrativa (Retorica)