Resumo: Este trabalho é um estudo experimental que tem por objetivo verificar a estratégia de aprendizagem de alguns aspectos de morfologia portuguesa por crianças brasileiras. Segundo Chomsky (1965) toda criança possui uma "competência" lingüística inata. Ao aprender a língua adulta a que é exposta, ela não memoriza simplesmente uma lista de expressões lingüísticas; pelo contrário, abstrai um sistema finito de regras e é capaz de estendê-lo, fazendo generalizações para casos lingüísticos novos com que vai entrando em contato. Baseado nesta teoria, montei uma experiência, usando raízes não-familiares, i.e., palavras inventadas, mas dentro dos padrões fonológico e silábico do Português, para evitar interpretação de memorização de algum item pela criança. A essas palavras as crianças deveriam afixar sufixos de Português. Os testes da experiência foram aplicados em 50 crianças de ambos os sexos, entre 4 e 8 anos. Os resultados obtidos foram analisados e serviram de base para minhas conclusões que, por sua vez, foram comparadas com as conclusões de vários estudos experimentais realizados em outras línguas.
Palavras-chave: Crianças - Linguagem; Aprendizagem; Lingua portuguesa - morfologia