Resumo

Versão para impressão
Políticas linguísticas e educacionais para a pessoa surda : sentipensando a formação inicial de professores de Português

Gilmara dos Rêis Ribeiro

Orientador(a): Cláudia Hilsdorf Rocha

Doutorado em Linguística Aplicada - 2023

Nro. chamada: TESE DIGITAL - R354p


Resumo:
Constituindo uma tese em formato alternativo, esta pesquisa tem como objetivo central apresentar e discutir as privações sofridas (Rojo, 2006) que emergem na área da educação linguística de surdos, no Brasil, a partir de um enfoque decolonial e transformador perante políticas linguísticas e práticas educacionais, tomando-se por base, de modo crítico e problematizador, as políticas e respectivos documentos oficiais vigentes que contemplam essa educação, em sua relação e tensão com a literatura da área. A finalidade dessa investigação é, por consequência, constituir um conjunto de princípios que possa orientar a ação docente, em especial a minha, em contextos de formação inicial de professores de Português e, assim, contribuir para que essa formação reflita uma educação linguística ampliada, decolonial e inclusiva, em contexto de surdez. Para isso, incluo neste estudo leis que contemplem tais políticas (Amapá, 2015; Brasil, 2002, 2005, 2009, 2014, 2015, 2020, 2021), verificando se (e como) as concepções de língua/linguagem, surdez, pessoa surda, inclusão e educação bilíngue contribuem com a promoção das colonialidades do ser, do saber e do poder. Considero também publicações, de 2014 a 2022, que tematizem letramentos de surdos e propostas didáticas, para, a partir de um viés problematizador que sentipensa o surdo, construir uma discussão sobre como as propostas didáticas (cor)respondem às políticas linguísticas e educacionais e às concepções mencionadas e colaboram com a promoção de uma educação linguística ampliada, decolonial e inclusiva. Para a construção desse retrato teórico-prático, pauto-me pelo horizonte de uma ontoepistemologia, à luz de Pereira, Freire e Silva (2019), a partir qual sou mobilizada a sentipensar (Moraes; Torre, 2002, 2015) as implicações de tais concepções para a vida social e escolar do meu outro, e inspiro-me em perspectivas decoloniais (Baptista, 2022; Cadilhe, 2020; Cadilhe; Leroy, 2020; De Souza Silva, 2013; Garcés, 2007; Makoni; Pennycook, 2015; Maldonado-Torres, 2007; Mignolo, 2004; Resende, 2019; Rezende, 2020; Walsh, 2013, 2020) e translíngues (Canagarajah, 2017; Cavalcanti; Silva, 2016; García; Cole, 2016; García; Johnson; Seltzer, 2017; García; Li Wei, 2014; Otheguy; García; Reid, 2015, 2018; Severo; Abdelhay; Makoni, 2020; Silva; Santos, 2017; Yip; García, 2018), de forma interrelacionada. Tais horizontes ontoepistemológicos ancoram a discussão proposta e a elaboração de um conjunto de princípios orientadores da ação docente visando confluir com a construção de uma formação docente sentipensante e, por consequência, colaborar com uma educação linguística ampliada (Cavalcanti, 2013; Silva; Santos, 2017), decolonial e inclusiva para as pessoas surdas.

Palavras-chave: Política Linguística; Professores - formação; Surdos

. Rua Sérgio Buarque de Holanda, no 571
Campinas - SP - Brasil
CEP 13083-859

...

IEL - Based on Education theme - Drupal Theme
Original Design by WeebPal.