Resumo: Armando Freitas Filho é um dos poetas mais longevos em atividade na poesia brasileira, comprometido com o ofício da escrita literária desde a década de 1960. Sua obra é composta por 17 livros no formato tradicional, além de plaquetes e edições não comerciais. Esta dissertação dedica-se a análise de dois livros da sua lírica recente, Lar, (2009) e Dever (2013), os quais compreendemos como projeto único. Interessa-nos trilhar um percurso interpretativo no que diz respeito à consciência da finitude evidenciada nessa fase do autor e às escolhas poéticas ante a impossibilidade de acabamento da obra. Para isso, aproximamos a teoria do estilo tardio ao projeto de Armando Freitas Filho na tentativa de pensar a crise figurada na sua escrita atual, relativa a processos de identificação e individuação (capítulo 1); e propomos uma rota de leitura a partir dos espelhos dessas obras (capítulo 2).
Palavras-chave: Poesia brasileira - História e crítica; Armando Freitas Filho - Crítica e interpretação.