Resumo

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Análise acústica das vogais orais tônicas e pré-tônicas e sua coarticulação na variedade capixaba

Irma Iunes Miranda

Orientador(a): Plínio Almeida Barbosa

Doutorado em Linguística - 2017

Nro. chamada: TESE DIGITAL - M672a


Resumo:
Este trabalho apresenta uma análise fonético-acústica das vogais orais do português brasileiro, mais especificamente da comunidade de fala capixaba limitada às cidades de Vitória e Vila Velha do Espírito Santo. O embasamento teórico está fundamentado na Teoria Acústica de Produção da fala bem como na concepção variacionista de estilo de fala. Os informantes desta pesquisa são homens e mulheres com nível universitário completo ou em andamento, pertencentes à faixa etária de 20 a 50 anos, todos nascidos e moradores da cidade de Vitória ou de Vila Velha. A análise fonético-acústica dos dados foi feita por meio do programa Praat, com o qual foram extraídos os parâmetros necessários para a investigação: F1, F2, a duração e a ênfase espectral das vogais em estudo. A partir da análise acústica, todos os dados foram submetidos a análises estatísticas no programa R. Os fatores aqui estudados abrangem o comportamento das vogais nos graus de tonicidade pré-tônico e tônico, bem como a influência do sexo do falante e do estilo de leitura nesse comportamento. Os resultados que envolvem a fala de mulheres e a de homens são: as pré-tônicas CONTROLE (aquelas seguidas de tônicas de qualidade equivalente) se mostram bastante próximas às TÔNICAS, com variações de qualidade somente para as vogais médias; as pré-tônicas TESTE (aquelas seguidas de tônicas de qualidade distinta) tendem a apresentar diferentes qualidades acústicas em relação às pré-tônicas CONTROLE, mostrando forte influência da qualidade da TÔNICA seguinte. Quanto à coarticulação, a vogal pré-tônica /e/ tende a se elevar com a alta anterior, mas, não se eleva com a alta posterior, enquanto diante das tônicas médias baixas há uma tendência à coarticulação para os dois sexos. A análise de coarticulação da vogal média posterior aponta para o abaixamento diante das médias baixas e não ocorre elevação diante das vogais altas para os dois grupos, mulheres e homens. No que tange à comparação entre estilos (FRASES vs. TEXTO), observou-se, através dos parâmetros analisados, traços de hipoarticulação no estilo TEXTO: F1 e F2 das pré-tônicas tendem à centralização das vogais anteriores e central e à posteriorização das vogais posteriores, além de valores mais baixos de duração e ênfase espectral. Ainda no que diz respeito à análise de estilos, ocorre uma tendência de abaixamento das pré-tônicas /e/ e /o/, tanto para FRASES quanto para TEXTO, e de levantamento da pré-tônica média anterior diante de /i/ no estilo TEXTO.

Palavras-chave: Língua portuguesa - Dialetos - Espírito Santo (Estado); Língua portuguesa - Português falado - Espírito Santo (Estado); Língua portuguesa - Vogais; Língua portuguesa - Variação; Língua portuguesa - Estilo; Gramática comparada e geral - Fonologia; Fonética acústica.

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