Resumo

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Língua inglesa, transculturalidade e transdisciplinaridade no ensino fundamental I : percursos e representações docentes

Joana de São Pedro

Orientador(a): Cláudia Hilsdorf Rocha

Doutorado em Linguística Aplicada - 2016

Nro. chamada: TESE DIGITAL - Sa63L


Resumo:
O presente estudo de doutorado tem por objetivo investigar as bases e oportunidades para um trabalho de natureza transdisciplinar, bem como as visões acerca de língua inglesa e cultura que circulam nas aulas de uma professora de inglês no ensino fundamental I (EFI) e a relação dessas visões diante de uma orientação formativa e crítica no ensino de línguas. Este trabalho se justifica no contexto atual de ensino, visto que há uma lacuna na formação de professores de inglês para o EFI não contemplada pelos cursos de Letras ou de Pedagogia (GIMENEZ, 2013). Em termos de teorização, apoio-me em Bakhtin/Volochinov (2014[1929]) para pensar uma visão de língua a partir do dialogismo; na prática translíngue proposta por Canagarajah (2013) para questionar visões monolíticas de língua inglesa e na pedagogia do translinguismo para a prática de sala de aula (GARCÍA; WEI, 2014); em Bhaba (1994), Kostogriz (2005), Kramsch (2009), Widin e Yasukawa (2013), Cox; Assis-Peterson (2007) e Maher (2007) para pensar a inter/transculturalidade. Com relação ao perfil da criança do fundamental I, recorro a Vygotsky (1978), trazendo uma visão sócio-histórico cultural, a qual condiz com o dialogismo bakhtiniano, na leitura de Mateus (2006), Magalhães (2009), Newman; Holzman (2002), entre outros. No que diz respeito à transdisciplinaridade, trago as definições de Nicolescu (1999); Moraes (2015); Libâneo (2010) e Santos (2010). A fim de que o ensino de inglês para o fundamental I seja pensado sobre bases de formação crítica, ética e cidadã, apoio-me em Winograd (2015), Rocha (2012), Liberali (2012); Menezes de Souza (2011) e Monte Mór; Menezes de Souza (2006). Quanto à metodologia, configura-se como um estudo de caso (YIN, 2010) de uma única professora de uma escola particular do interior do estado de São Paulo. Para a geração de dados, foram observadas vinte e cinco aulas de segundo a quinto ano de EFI, as quais não foram gravadas a pedido da instituição em que ocorreu a pesquisa. Ao longo desse processo, houve seis momentos de entrevistas semiestruturadas (LÜDKE; ANDRÉ, 1986) com a professora-participante, fonte secundária de dados para apoiar a análise das aulas. A análise propriamente dita se deu por meio da recontextualização das propostas de Smyth (1989, 1992) e de Liberali (2004, 2012) de descrever as aulas, informar em quais bases teóricas se constituíram, confrontar com os valores veiculados pela professora-participante nas entrevistas, com as teorias defendidas nesse estudo e reconstruir perspectivas e minha própria prática de formadora de professores. Durante e após a análise das aulas observadas em interlocução com as entrevistas semiestruturadas, procurei propor olhares plurais para as práticas. Desse modo, exemplos concretos para a sala de aula vão sendo construídos ao longo das análises. E, em seguida, apresento propostas embasadas na transdisciplinaridade, no translinguismo e na transculturalidade, para o ensino e a aprendizagem de inglês no EFI. Tais propostas configuram-se como roteiros abertos e não modelos engessados e podem vir a ganhar vida em minha própria prática de formadora ou na sala de aula de outros professores de língua inglesa no contexto de EFI.

Palavras-chave: Língua inglesa - Estudo e ensino (Ensino fundamental) - Falantes de português; Professores de inglês- Formação; Estudos interculturais; Abordagem interdisciplinar do conhecimento.

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