Resumo

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Quando os ventos "embraçam" linhas : alegrias (im)possíveis com África, escola, devires, diários, costuras, linhas...

Glauco Roberto da Silva

Orientador(a): Susana Oliveira Dias

Mestrado em Divulgação Científica e Cultural - 2016

Nro. chamada: TESE DIGITAL - Si38q


Resumo:
Ele havia sido povoado por mil... Mil não, eram mais, muito mais populações. Dentro dele moléculas se agitavam em velocidades e lentidões alucinantes, contaminações desejosas de um vir a ser outro e outro e outro e... Devires. Variações contínuas de um estar na escola e ser habitado por moléculas de homens, mulheres, crianças, negro, animais, linhas, ventos, tribos, palhaço, materiais, mapas, etc. Potências que se (des)amarram com a força da costura, da descostura, do alinhavo, do bordado, de escritas enoveladas em papéis emaranhados, etc. Pesquisa-criação. Desejo de pensar, dizer e escrever de experimentações pelo enroscar-se nos emaranhados de mil e tantas linhas, que “devem” de experimentos de um professor com a escola, África, costuras, imagens, livros, mapas, máscaras, literatura, sons, diários, e... ... Ar. Durante sua busca, encontra o vento. Uma ajuda prazerosa e potente. Os ventos o carregam por lembranças de um primeiro encontro: professor com escola, um lembrar que insiste em ser dito em uma linha do tempo reta e continua. Mas não. Prefere não. Quer tempestade. Desorganizar o que está pronto. Desacostumar essas lembranças já dadas. Quer brincar de/no vento, encontrar redemoinhos poeirentos que ajudem a desajustar, deslembrar. Lê e relê Deleuze e Guattari. Acha algo, devir-criança, não perde tempo, se alinhava e corre brincar dentro das imagens de uma África postal. África dos livros dos mapas. Mãe! Vou brincar. Brincar onde menino? Na floresta. Vai menino! Vai brincar com seus elefantes, leões e girafas na floresta. África vista na televisão. África da escola da infância. Como é bom se contaminar e devir-criança. Mãe, agora vou ser vento! Vai menino, não demora. Cuidado, não vai se perder! Agora que é vento, consegue carregar com sigo infinitas moléculas brincantes, mas não é só isso, pode também ir longe, outros mundos. Mundos fabulados, escondidos, de tribos esquecidas, onde é possível ser Ele e Ela e Aquilo e ser nenhum deles e todos eles. Que prazer ventar por outros territórios sem se fixar, lugares africanos pouco divulgados (ou seria melhor dizer divagados?). Vento nômade, sem lugar certo, apenas ventar cada vez mais longe. Vai se aproximando da linha do horizonte, se encanta e vai ser outra coisa. Agora em corpo linha, é carregado pelo vento para escola. No chão de pó de giz das salas de aula, rasteja, percorre lousas, cortinas, carteiras e encontra nas páginas de livros e cantos de mapas um caminho para (des)fiar teias de palavras, imagens e sons que vão por trilhas literárias, artísticas e filosóficas dizer de experimentações que, não estão apenas nas salas de aulas, mas que estão nele, ventando dentro dele, só esperando agulhas que descosturem as frestas por onde sopra um vir a ser professor-criança-mulher-negro-aranha-vento-linha-pó


Palavras-chave: Professores e alunos; Aprendizagem experimental; Escolas; Arte e educação; Devir (Filosofia); Imagem (Filosofia); África.

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