Resumo

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O amor como suplência na ausência de um significante feminino

Camilla Mariana Rehem Ferreira

Orientador(a): Nina Virgínia de Araújo Leite

Mestrado em Linguística - 2016

Nro. chamada: TESE DIGITAL - R267a


Resumo:
A afirmação lacaniana de que “amar é dar aquilo que não se tem” vem instaurar o amor no campo da falta. E a ideia de dar aquilo que lhe falta, nos remete à estruturação mesma do sujeito. Jacques Lacan nos diz que o sujeito do inconsciente é o sujeito barrado pela linguagem. Ele é tomado na sua incompletude, na medida em que se constitui como uma falta-a-ser, pois o sujeito é signo de um efeito do funcionamento significante, buscando no Outro o seu fundamento. A fala do amor no campo do simbólico, assim como nos outros registros, tem como propósito apreender o ser do Outro, contudo, somente alcança o objeto. Essa fala é compreendida como um “tu és”, ou um “sê” e está vinculada ao funcionamento do significante-mestre, ou seja, o significante, na medida em que pretende dar consistência de ser ao sujeito. Entretanto, toda pergunta pelo ser, tecida a partir do significante, somente aumenta o “des-ser” e torna mais necessária a questão do ser. Diante da ameaça, ou nostalgia frente à falta-a-ter do falo, se assinala a conexão do desejo à castração. E nesse sentido, por mais contraditório que pareça, é no intuito de ser o falo, ou seja, o significante do desejo do Outro, que a mulher irá mascarar sua falta no outro. A mulher pretende ser desejada e, ao mesmo tempo, amada, pelo que ela não é. Dessa maneira, o presente trabalho pretende investigar a relação entre o amor, a ausência de um significante feminino e a falta.

Palavras-chave: Psicanálise lacaniana; Psicanálise e linguística; Sujeito (Psicanálise); Mulheres e psicanálise; Linguagem; Amor; Significação (Psicologia).

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