Resumo: Esta dissertação trata dos museus de paleontologia no Brasil e de como a paleontologia está representada nos museus brasileiros. O tema é tratado desde a origem dos primeiros museus de história natural a partir dos antigos gabinetes de curiosidade do Renascimento até a chegada da paleontologia no Brasil e sua popularização no país. Faz um levantamento da geografia dos museus de paleontologia no Brasil e uma análise de como esses museus realizam sua expografia, pois é por meio dela que se realiza a aproximação entre a ciência e a população, considerando o interesse que os fósseis despertam nas pessoas e a grande popularidade dos dinossauros. Foram registradas 68 instituições brasileiras com material paleontológico, perfazendo cerca de 2,25% da totalidade dos museus existentes no Brasil entre os quais 35% são de museus universitários. Dez museus foram selecionados como sendo as principais referências em paleontologia no país. Na maioria dos museus de história natural e paleontologia, os acervos são exibidos seguindo-se um roteiro balizado pela cronologia do tempo geológico, sem que se apresente ao público visitante um entendimento do seu significado, que foge completamente à escala da percepção humana. Também o próprio entendimento da evolução darwiniana exige uma compreensão do tempo geológico, uma vez que a evolução necessita de uma larga escala tempo, contada em milhões de anos, para que possa completar-se em suas variadas formas.
Palavras-chave: Museus de história natural - Brasil; Paleontologia - Brasil; Tempo geológico; Fósseis; Exposições