Resumo

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Usos da lousa digital interativa no ensino de língua inglesa como língua adicional : um estudo de caso

Gabriela Claudino Grande

Orientador(a): Inês Signorini

Mestrado em Linguística Aplicada - 2015

Nro. chamada: T/UNICAMP - G763u


Resumo:
Esta dissertação de mestrado tem como principais objetivos identificar e descrever usos e também possibilidades de uso da Lousa Digital Interativa (LDI) por um professor de inglês do ensino terciário no interior do estado de São Paulo. Esta pesquisa é caracterizada pelo percurso investigativo estudo de caso. A análise focaliza um corpus gerado a partir de observações em sala de aula de base etnográfica em que foram focalizados os usos da LDI por um professor de língua bastante familiarizado com a utilização do computador em sala de aula. A geração de registros ocorreu ao longo de 6 meses (de junho a novembro), no ano de 2012. A partir de uma análise minuciosa das 20 aulas vídeo-gravadas, busquei sistematizar COMO, POR QUE e COM QUAL FINALIDADE a LDI era utilizada. Com base nas práticas do professor observado, me amparei em dispositivos analíticos que me ajudaram a avaliar e sistematizar os modos a partir dos quais se dá a incorporação de artefatos tecnológicos. Para tal, comparei características das fases de incorporação de uso da LDI propostas por Betcher e Lee (2009) aos usos feitos pelo professor aqui focalizado. Além disso, as dinâmicas interacionais e abordagens dialógicas de ensino e, em especial, a interatividade presente em sala de aula foram investigadas. Para isso, me amparei na classificação de tipos de interatividade (nula, autoritária, dialética, dialógica e sinergética) propostas por Beauchamp e Kennewell (2010) e no ensino dialógico proposto por Alexander (2006). A noção de agentividade e a teoria crítica da tecnologia, que considera o contexto social e histórico no qual as tecnologias estão inseridas, foram igualmente importantes no embasamento teórico da pesquisa. Como resultado, pude observar que o professor participante transita entre as fases, com predominância da fase 2, de incorporação da tecnologia propostas na literatura e que há uma sobreposição de práticas, sugerindo que, no contexto investigado, o termo "fases", que prevê a evolução da prática a partir de etapas, não pode ser observado. No tocante à interatividade, detectei que, na interação professor-aprendiz-LDI, a visão instrumentalista de interatividade, que prevê o clique do mouse ou de um botão do teclado, não necessariamente impacta decisões que são tomadas com relação aos rumos da aula e aos caminhos que serão percorridos com o uso do recurso tecnológico. Ao contrário, tais decisões estão embasadas em processos de interação e diálogo que ocorrem durante as aulas por meio da "interatividade dialógica" e a abordagem dialógica de ensino. Esses processos de interação parecem dar voz a docente e aprendizes, ainda que boa parte do controle esteja nas mãos do professor. A partir desta pesquisa, espero contribuir para a reflexão de professores de língua, que utilizam a LDI, quanto à sua prática de sala de aula em um contexto sócio-histórico que tem exigido a inclusão das tecnologias de informação e comunicação (TICs) às atividades de ensino e aprendizagem de línguas.

Palavras-chave: Lousa digital. Lingua inglesa - Estudo e ensino - Inovações tecnológicas. Interatividade.

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