Resumo: Na virada do século XX para o século XXI os sujeitos reemergiram. Eu presencio essa reemergência, dia após dia, como seu eu presenciasse um astro que se eclipsara e deseclipsou. Considero que o industrialismo, dentro de sua lógica de produção e consumo, desenvolveu dois instrumentos e os massificou: o computador e a internet. Contraditórios aos objetivos de qualquer massificação industrial, o computador e a internet abriram juntos a possibilidade de uma liberdade, na medida em que possibilitaram aos sujeitos se colocarem frente a esses instrumentos de forma mais ativa. Nessa perspectiva, assumo que os sujeitos tiveram que se apropriar das ferramentas produzidas no encontro dessas tecnologias para poderem efetivamente reemergir. Defendo que, para se apropriar das ferramentas contidas no produto computador/internet e conseguir reemergir em atividades sociais diversas como sujeitos ativos (sujeitos diferentes dos constituídos pela educação linguística moderna e pelas mídias da modernidade: televisiva, impressa e radiofônica), tais sujeitos aprofundaram suas relações com as características de liberdade da língua. Invertendo a linha de pensamento, afirmo que ao aprofundar as relações com as características de liberdade da língua, os sujeitos se apropriaram de ferramentas produzidas no encontro de dois instrumentos tecnológicos do industrialismo (computador e internet), e se possibilitam exercer atividades que lhes foram negadas sistematicamente ao longo de toda a modernidade. Precisaram, portanto, tomar a língua de uma forma diferente do que vinham tomando, de receber e repetir o discurso, de entender a língua como estrutura somente
Palavras-chave: Internet. Subjetividade.