Resumo

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Bem-te-vis imagéticos no encontro com o outro : olhares da movimentação cidade-campo

Marcelo Vaz Pupo

Orientador(a): Antonio Carlos Rodrigues de Amorim

Mestrado em Divulgação Científica e Cultural - 2014

Nro. chamada: T/UNICAMP - V477b


Resumo:
A pesquisa de mestrado "Bem-te-vis imagéticos no encontro com o outro" entende que os processos sociais em torno da Agroecologia podem ser ricamente estudados quando a análise crítica se pauta sobre as suas dimensões culturais. É neste cenário teórico-metodológico que a pesquisa produz olhares ¿ e imagens ¿ sobre a movimentação cidade-campo a partir da vivência junto à algumas expressões agriculturais e camponesas do Estado de São Paulo, em sua maioria assentamentos da reforma agrária. A pesquisa questiona como a produção de audiovisuais pode gerar narrativas e partilhas que deem visibilidade à agricultura camponesa; como a produção de vídeos pode gerar estesia e abalo político no jogo de significados socialmente construídos (cultura e ideologia) em torno do que pensamos ser alimento e vida. A terra que persiste camponesa e inunda asfaltos emana força e sopra símbolos que desordena o discurso único e esgarça o agronegócio monocultural, nos evidenciando que o território em questão é tão concreto quanto imaterial: fato distinto cada qual com seu fruto, linguagens ímpares que o idioma corrente, acadêmico ou popular, mostra imiscível capital e soberania, commodities e segurança alimentar, monocultura e resiliência, latifúndio e dignidade humana. Há sentidos partilhados na sociedade que tencionam identidades e valores no entrelaçamento do mundo rural com o ideário moderno, recampesinização e crise civilizatória. A Agroecologia e os Estudos Culturais animam este cenário investigativo e o retroalimenta, reposicionando a produção do conhecimento acadêmico ao lançar luzes sobre os atores envolvidos. A legitimação crescente dos agenciamentos promovidos pelos movimentos sociais do campo tem implicado sério constrangimento ao conhecimento dominante. Deslocam-se os territórios subjetivos e existenciais, abrem-se fissuras e feridas identitárias, despertam-se minoridades constitutivas dormentes porém potentes. Esta pesquisa olha este fato e disserta sobre elementos que contribuem à percepção desse incessante movimento, memória imorredoura dos povos que reconfigura o visível e o pensável e refaz o mapa do sensível.

Palavras-chave: Divulgação científica. Cultura. Imagem (Filosofia). Identidade.

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