Resumo

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O Verbo Ikpeng : estudo morfossintático e semântico-lexical

Angela Fabíola Alves Chagas

Orientador(a): Angel Humberto Corbera Mori

Doutorado em Linguística - 2013

Nro. chamada: T/UNICAMP - AL87v


Resumo:
Esta tese tem por objetivo principal fazer um estudo morfossintático dos verbos da língua Ikpeng (família Kanb; ramo Pekodiano ), a partir de uma abordagem léxico-semântica, com base, principalmente, nos trabalhos de Levin (1993), Levin e Hovav (1995) e Hale e Keyser (2002). Neste trabalho, apresentamos os processos de categorização (formação de verbos a partir de raízes não-categorizadas) e recategorização verbal (derivação de verbos a partir de raízes nominais e adjetivas); bem como os processos de mudança de valência (transitivização e intransitivização ). Retomamos a morfologia tempo-aspectual, já anteriormente descrita por Pachêco (1997, 2001) e Campetela (1997), com o objetivo de esclarecer problemas que ficaram pendentes nos trabalhos anteriormente propostos para o Ikpeng. Identificamos novas séries de prefixos pessoais, o que contribuiu principalmente para explicar o sistema de concordância verbal transitivo, que é governado pelo fato dos argumentos verbais serem ou não participantes do discurso, o que nos permitiu explicar a marcação de pessoa no verbo transitivo como um sistema ( direto-)inverso, alinhamento atestados em várias outras línguas da família Karib. Propusemos ainda a existência de dois tipos de verbos intransitivos na língua: os externamente causados, que alternam a valência e são marcados com os prefixos SA e os internamente causados, que são não-alternantes e carregam os prefixos Sp. Fazemos também uma breve discussão sobre a existência ou não de concordância de número na língua. A partir da observação do comportamento dos verbos nas alternâncias (in)transitivas, propomos que há dois tipos semânticos de verbos em Ik:peng: os diádicos (transitivos e intransitivos externamente causados) e os monádicos (intransitivos internamente causados). Com base no comportamento dos verbos nas alternâncias, e no seu processo de formação/derivação fazemos uma proposta de análise da estrutura argumental dos tipos verbais identificados. Essa análise baseia-se no trabalho de Hale e Keyser (2002), para quem o tipo de estrutura argumental de cada classe de palavra é determinado, a partir dos traços semânticos de sua raiz. Propomos que os verbos transitivos e os intransitivos semanticamente monádicos (internamente causados) possuem também um estrutura argumental monádica; e que os verbos intransitivos de semântica diádica (externamente causados) possuem também uma estrutura argumental diádica. Fazemos ainda uma proposta de projeção lexical para os verbos transitivos com sentido locativo.

Palavras-chave: Língua ikpeng, Língua ikpeng - Verbos, Língua ikpeng - Transitividade, Língua ikpeng - Morfossintaxe, Semântica

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