Resumo

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Dos periódicos oitocentistas ao ciberfeminismo: a circulação das reivindicações feministas no Brasil

Ana Flora Schlindwein

Orientador(a): Marko Synesio Alves Monteiro

Mestrado em Divulgação Científica e Cultural - 2012

Nro. chamada: T/UNICAMP - Sch39d


Resumo:
Resumo: O objetivo geral desta pesquisa foi observar como coletivos feministas no Brasil estão (ou não) se apropriando e usando as novas tecnologias de informação e comunicação (TICs) e como as questões sobre gênero estão circulando nesses novos meios. Principalmente no período pós Segunda Guerra Mundial escolas distintas (como a Escola de Frankfurt e a Escola de Toronto de Comunicação, entre outras) tiveram como objetivo entender o lugar das TICs na sociedade, alternando abordagens mais tecnofóbicas ou tecnofílicas. Uma das preocupações desta pesquisa foi mostrar a relação entre as teorizações sobre comunicação e mídia e os coletivos feministas, observando se as abordagens acima mencionadas se fazem (ou não) presentes nas publicações online de grupos de defesa da mulher quando estas tratam das questões de gênero. Após apresentar um panorama da relação entre as feministas brasileiras e a mídia a partir, principalmente, de periódicos (desde o século XIX até o século XXI), esta dissertação traz como corpus de análise o material produzido e publicado no formato e-zine (eletronic fanzine) pelo Grupo de Ação Feminista (GAFe), de Florianópolis (SC). Dentre os quesitos ponderados na escolha desse material estão o período de sua produção, a constante publicação de novos tópicos e o contato entre esse grupo e outros movimentos sociais. A abordagem metodológica adotada foi híbrida - análise de conteúdo e pesquisa interpretativa - e objetivou a saturação dos dados. Os resultados apontam que o coletivo promove uma profunda crítica à subordinação feminina ao aparelho genital e à perpetuação da dualidade de gênero, sendo temas como violência, aborto e direitos da mulher os mais debatidos. As considerações finais mostram que apesar do GAFe se auto identificar como um coletivo de mulheres e homens que buscam o fim da dualidade de gênero e de afirmarem que o feminismo não é o contrário do machismo, o seu material no geral apresenta uma preocupação maior com questões femininas e delegam ao homem geralmente a figura de opressor. Com relação ao seu posicionamento frente à comunicação e à mídia, tanto momentos tecnofóbicos quanto tecnofílicos são observados.

Palavras-chave: Mulheres e jornalismo. Feminismo. Ciberfeminismo. E-zines. Mídia digital.

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