Resumo: Hilda Hilst (1930-2004) é considerada pela crítica uma das maiores expressões da literatura brasileira contemporânea. São quase cinco décadas de produção poética e três de prosa de ficção, além de oito peças teatrais e um conjunto de crônicas publicadas no jornal Correio Popular de Campinas entre 1992 e 1995. A escritora concedeu quase uma centena de entrevistas durante sua trajetória literária. Esses diálogos começaram logo no início de sua carreira nos anos cinquenta e foram até poucos meses antes de seu falecimento. O objetivo principal desta dissertação foi reunir um conjunto dessas entrevistas e analisar as imagens construídas por Hilst em torno de si mesma e de seus escritos. Devido ao longo período que a autora se dedicou à literatura, a dissertação de stacou, principalmente, as mudanças ocorridas em seu discurso. Para tanto, procurou reunir entrevistas que buscaram ir além da publicidade e da divulgação de uma obra específica, ou seja, que tentaram explorar de maneira mais ampla a experiência pessoal da escritora, sua visão de mundo, da história e da literatura contemporânea e dos sujeitos que as compõem. A reunião se inicia em 1952, quando Hilst contava apenas com dois livros publicados, mas, já tinha o reconhecimento da crítica, e termina com uma entrevista realizada em 2003.
Palavras-chave: Hilst, Hilda, 1930-2004 - Crítica e interpretação. Entrevistas. Autobiografia. Depoimento. Literatura brasileira - Escritoras - História e crítica.