Resumo

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O tratamento enunciativo da metáfora no estudo da designação do nome "português" na América Latina : um trabalho com política de línguas

Gabriel Leopoldino dos Santos

Orientador(a): Eduardo Roberto Junqueira Guimarães

Mestrado em Linguística - 2012

Nro. chamada: T/UNICAMP - Sa59t


Resumo:
Neste trabalho de pesquisa objetivamos compreender a constituição e o funcionamento da designação do nome "português" em um espaço de enunciação particular da América Latina: a região do Rio da Prata, na Argentina. Mais especificamente, objetivamos compreender as determinações históricas e políticas que incidem sobre a constituição dos sentidos do nome "português" em um espaço de enunciação cuja língua oficial, ou que funciona como tal, não é o português. Assim, nosso corpus foi constituído por um conjunto de entrevistas feitas com alunos e professores do curso superior de Professorado em Português da Universidad Nacional de Entre Ríos (UNER), localizada na província de Entre Ríos, Argentina. Tendo em vista nosso objetivo de pesquisa e nosso material de análise, trabalhamos com a hipótese de que as metáforas de "português" determinavam a constituição e o funcionamento da designação desse nome nesse espaço de enunciação. Mobilizando, então, o dispositivo teórico-metodológico da semântica histórica da enunciação, desenvolvemos uma reflexão de natureza teórico-analítica em torno do modo como compreendemos o funcionamento enunciativo da metáfora e de como esse funcionamento determina a constituição da designação do nome "português" nos acontecimentos enunciativos que tomamos para análise. Uma das compreensões importantes que esta pesquisa permite ter é a da distribuição normativa e desigual das línguas no espaço de enunciação latino-americano. Em outras palavras, ao estudarmos os sentidos de "português" nessa porção da América Latina, foi possível observar que a política de línguas (tal como esse conceito é trabalhado aqui, a partir de Orlandi (2007b)) se estrutura pelo litígio característico do real das línguas em relação. Como efeitos dessa política, por um lado, temos a exclusão de algumas línguas, e de seus falantes, de seus direitos de simbolizar o real e, por outro, temos instalados os diferentes modos de essas línguas excluídas, bem como de esses sujeitos-falantes excluídos, afirmarem o seu pertencimento ao espaço de enunciação latino-americano.

Palavras-chave: Designação. Metáfora. Enunciação (Linguística). Politica de linguas.

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