Resumo

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O estatuto da palavra na estruturação do sujeito

Rita de Cássia Segantini Bonança

Orientador(a): Nina Virgínia de Araújo Leite

Mestrado em Linguística - 2012

Nro. chamada: T/UNICAMP - B64e


Resumo:
Uma pergunta advém ao analista no exercício mesmo de sua práxis ao se deparar, em sua escuta, com uma palavra que escapa da fala do paciente. Uma palavra que tem o poder de velar e desvelar o sujeito que ali está confrontado com uma questão e diante da impossibilidade de fazer algo com isso. A construção de um saber sobre o estatuto da palavra na estruturação do sujeito que compreende sua concepção, nascimento e constituição subjetiva, está atrelada à sua condição de ser falante. A potência e a eficácia da palavra na transmissão da tradição cultural através das gerações possibilitam um dizer sobre o sujeito, sua história e a verdade de sua origem. As leis que regem seus pensamentos e afetos estão submetidas às palavras que o falaram desde sempre no desejo inconsciente de seus pais. Esse saber constituído possibilita ao analista um manejo da escuta que ele opera na transferência em análise. Os estudos linguísticos e psicanalíticos possibilitaram um recorte na investigação sobre a palavra. Porém, não fora da sua condição de funcionamento, ou seja, a partir de uma língua - a materna e, pela fala que só se estabelece dentro do campo da linguagem. Essa constatação esclarece que o poder da palavra não está naquilo que ela comunica pelo seu enunciado, mas pelo efeito significante no sujeito por sua enunciação. O fato de não existir sujeito fora do campo da linguagem é que estabelece o vínculo e determina o estatuto da palavra que opera na sua estruturação. O percurso teórico que deu consistência a essa pesquisa nos permite algumas considerações. Primeiro que uma palavra, mesmo que proferida na língua materna no exercício da fala dentro do campo da linguagem na sua intenção de transmitir uma verdade, é sempre um lance ao acaso. Segundo que jamais podemos prever os seus efeitos. E por fim, que a única possibilidade é, pela palavra num ato de fala, desdobrá-los no só - depois.

Palavras-chave: Palavra (Linguística). Sujeito (Psicanálise). Linguagem - Origem. Inconsciente.

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