Resumo

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Sobre a produção vocalica na Síndrome de Down: descrição acústica e inferencias articulatórias

Marian Oliveira

Orientador(a): Wilmar da Rocha D'Angelis

Doutorado em Linguística - 2011

Nro. chamada: T/UNICAMP - OL4s


Resumo:
Nesta tese, apresenta-se um estudo fonético acústico das vogais orais, produzidas por pessoas com síndrome de Down, naturais de Vitória da Conquista - BA. Na pesquisa, conduzida com base nos pressupostos teóricos da teoria de produção da fala ou Teoria Fonte-Filtro, de Fant (1960), foi analisado um corpus de dados de fala de 08 sujeitos daquela localidade, sendo que 04 deles, 02 homens e 02 mulheres são pessoas com síndrome de Down e os outros 04, 02 homens e 02 mulheres, sem síndrome. Os dados, resultantes da leitura e/ou nomeação de 174 sintagmas nominais e/ou figuras projetadas em slides foram transcritos foneticamente. Posteriormente, foram codificadas 3.960 vogais das quais seriam extraídos, em script via Praat, os três primeiros formantes que totalizaram 11.880 dados, que foram submetidos a testes estatísticos. A análise partiu da hipótese de que as dificuldades de fala apresentadas por pessoas com síndrome de Down (SD) são ocasionadas pela hipotonia da musculatura orofacial e pela macroglossia ou cavidade oral pequena e que tais modificações no trato vocal desses sujeitos interferem no sinal acústico quando da produção dos sons vocálicos orais. Na análise que fizemos, utilizamos alguns parâmetros estatísticos que nos auxiliaram a discutir com maior precisão os resultados que obtivemos e também garantiram maior robustez aos dados, testes como Desvio Padrão (DP) que mede o quanto os valores de um conjunto de dados estão dispersos em relação à média, ao passo que a análise do Coeficiente de Variação CV nos permite verificar se as particularidades articulatórias dos sujeitos com Down acarreta maior ou menor variabilidade de produção das vogais orais se comparada com as dos sujeitos sem Down. Nossa hipótese é que a hipotonia acarreta menor controle articulatório o que traz como conseqüência maior variação na realização das vogais. Além desses, foi utilizado também o teste estatístico de comparação de médias usado foi o teste não paramétrico Kruskal-Wallis (ou teste H, com post-test Dunn), através do qual avaliamos se as médias das freqüências formânticas das vogais eram significativamente diferentes nos diversos tipos silábicos pretônicos, tônico e postônicos, bem como avaliamos se as freqüências médias obtidas para as vogais produzidas por sujeito com Down nos diversos tipos silábicos eram significativamente diferentes daquelas produzidas por sujeito sem Down. Todos os testes estatísticos usados na pesquisa foram executados por meio do programa BioEst, 5.0.

Palavras-chave: Fonética acústica; Down, Síndrome de; Portugues no Brasil; Vogais; Vitória da Conquista (BA)

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