Resumo: A presente dissertação de mestrado trata das representações acerca da língua inglesa feitas por jovens em situação de vulnerabilidade social participantes de um curso de inglês como língua estrangeira oferecido por uma ONG internacional na cidade de São Paulo. Para este estudo crítico, discorremos, primeiramente, a respeito dos programas de educação de ONGs para jovens carentes e como tais programas estão ligados à formação de mão-de-obra. Refletimos, então, sobre as identidades do jovem pós-moderno e como suas identidades lingüísticas são afetadas pela língua inglesa e pela globalização. Como base teórica, utilizamos a Análise de Discurso Crítica, como concebida por Fairclough (2001, 2003), e os Estudos Culturais, que nos guiaram na análise dos dados coletados através de um questionário de ingresso no curso, uma redação sobre o futuro do jovem, e um grupo focal com os jovens participantes do curso de inglês. Através da seleção e transcrição desses dados e sua posterior análise, que se focou nos Significados Acional, Representacional e Identificacional, concluímos que o discurso do inglês como língua essencial para o mercado de trabalho e como representante do neocolonialismo estadunidense é latente na fala dos jovens, que ora confirmam e sustentam esse caráter hegemônico da língua inglesa, e ora advogam uma valorização da língua e da cultural nacionais como uma forma de resistência
Palavras-chave: Língua inglesa. Analise critica do discurso. Globalização. Identidade cultural.