Resumo: Este trabalho objetivou verificar que aspectos de conceitos encontrados durante a época republicana de Roma - como, por exemplo, a glória, a liberdade, a fama etc - se mostram na obra de Sêneca (4 a.C. - 65 d.C.). Constatou-se que a maneira segundo a qual o filósofo constrói essas noções difere da de Cícero (106 - 43 a.C.). Pode-se dizer, seguramente, que Sêneca "interioriza" conceitos que estavam, antes do Império, restritos a um contexto social e político. Para o Estoicismo, o importante é a vida moral dos seres humanos, e é nesse campo de ação que os escritos de Sêneca se desenvolvem. A investigação pretendeu demonstrar o modo como Sêneca trata os conceitos romanos, apresentando, de maneira original, as noções equivalentes gregas. Em sua obra, notadamente nas Epistulae morales ad Lucilium e em alguns Dialoghi - como o De breuitate uitae e o De tranquillitate animi - o filósofo emprega instrumentos linguísticos lexicais e morfossintáticos (esses últimos, de modo mais numeroso) referentes à interioridade. Em Sêneca, não somente os recursos linguísticos como também os imagéticos constituem parte do processo de interiorização. Nosso intuito, neste presente estudo, buscou expor tais recursos na medida em que surgiam juntamente com os conceitos por nós trabalhados
Palavras-chave: Seneca, ca.4a.C.-ca.65d.C - Critica e interpretação. Cícero. Estóicos. Filosofia antiga. Conceitos.