Resumo

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Ridentem dicere vervm : o humor retórico de Quintiliano e seu diálogo com Cícero, Catulo e Horácio

Charlene Martins Miotti

Orientador(a): Marcos Aurelio Pereira

Doutorado em Linguística - 2010

Nro. chamada: T/UNICAMP - M669r


Resumo:
Nas primeiras linhas das Sátiras (I, I, 24) Horácio defende a artimanha do riso no laborioso ofício de dizer a verdade. O modus loquendi empregado de acordo com um propósito pré-definido era já entre os antigos tema fecundo, uma vez admitido que o sucesso ou o fracasso de um orador poderia ser determinado unicamente pela sua habilidade retórica. O humor se constituía desde os filósofos pré-socráticos como um poderoso (e perigoso) instrumento capaz de potencializar os efeitos de um bom discurso ou desmoralizar definitivamente aquele que não soubesse usá-lo, por exemplo, com parcimônia e elegância. Multiplicam-se, assim, reflexões sobre a utilidade do riso que visam esclarecer a natureza do que o desencadeia, além de regulamentar o emprego do risível considerando critérios muito bem demarcados (circunstâncias, tipos de chiste etc.). É nesse contexto que se insere o De risu, capítulo III do sexto livro da Institutio oratoria de Quintiliano - o mais extenso dentre os cinco capítulos do livro. Com a tradução do De risu, buscamos sublinhar as especificidades desse "tratado de uso conveniente do humor" em seu diálogo com a tradição retórica e poética antigas, observando a percepção de Quintiliano sobre o assunto à luz dos autores ali explicitamente citados - quais sejam: Cícero, Catulo e Horácio - nas obras mais frequentemente aludidas no De risu (De oratore II, Sermones, Carmina Catulli).




Palavras-chave: Quintiliano. Cícero. Catulo, Caio Valério. Horácio. Humorismo.

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