Resumo: Partindo de observações aceitas pela crítica em relação à obra de Hilda Hilst (1930 – 2004) segundo as quais o livro Júbilo, memória, noviciado da paixão (1974) representaria um marco em sua produção, este trabalho propõe uma leitura da poesia amorosa da autora, elegendo-o como corpus principal e se guiando a partir dos seguintes objetivos: investigar o modo como se dá o diálogo com a tradição, cuja presença é patente desde os títulos das obras, tais como “Sonetos que não são” (Roteiro do silêncio – 1959) e Ode fragmentária (1961); identificar e descrever a forma particular como o eu lírico retrata a experiência amorosa e reflete sobre ela; compreender como o livro de poemas amorosos se encaminha para um último conjunto de poemas engajados; analisar a relação desse livro com toda a produção hilstiana.
Palavras-chave: Memória; Literatura brasileira; Poesia