Resumo

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A expressão de modalidades tipicas do subjuntivo em duas sincronias do portugues: seculo XVI e contemporaneidade

Rosana Ferreira Alves

Orientador(a): Marcelo Knobel

Doutorado em Linguística - 2009

Nro. chamada: T/UNICAMP - AL87e


Resumo:
Resumo: Esta tese investiga a expressão de modalidades típicas do subjuntivo em duas sincronias do português: século XVI (dados de GANDAVO, 1556) e contemporaneidade (dados de Muriaé-MG e de Feira de Santana-BA). Utilizam-se dos pressupostos teóricos e procedimentos metodológicos da Sociolingüística Quantitativa (LABOV, 1972, 1994) e analisam-se os contextos de tempo presente das sentenças completivas, adverbiais e relativas. Nesse trabalho, aventa-se a hipótese central de que em diversas fases do português, o fenômeno do uso do subjuntivo não esta apenas relacionado a co-ocorrencia do indicativo e do subjuntivo, como costumam abordar na literatura sociolinguistica (cf. BIANCHET, 1996; MEIRA, 2006; FAGUNDES, 2007, dentre outros), mas também a realização de estruturas alternativas, a saber: sentenças que se apresentam com a forma verbal nominalizada, no gerúndio, no infinitivo, elíptica ou no futuro condicional. Aventa-se, também, a hipótese de que o português falado no solo mineiro esteja manifestando uma etapa mais avançada do processo de variação linguística. Mas especificamente, no caso do uso do presente do subjuntivo, assume-se a hipótese de que construções com a forma verbal no presente do subjuntivo não estejam tão frequentes no vernáculo mineiro como esta no baiano, fato que se manifesta pela recorrência, em índices mais altos, dos usos do presente do indicativo e de estruturas alternativas nos dados de Muriaé-MG. Para, assim, caracterizar o fenômeno em estudo, busca-se verificar a atuação de fatores estruturais e sociais na co-ocorrência indicativo/subjuntivo e no uso de estruturas alternativas, bem como, identificar os aspectos sintáticos e semânticos apresentados por essas estruturas. Em conclusão encontra-se exposto o que pode ser sintetizado nas seguintes palavras: a expressão das modalidades típicas do subjuntivo apresenta nas duas sincronias pontos em comum e características díspares. Eis os pontos afins: alto índice de uso de estruturas alternativas (em torno de 70%), exceto em contexto de sentenças relativas; co-ocorrência indicativo/subjuntivo, sobretudo em contexto de adverbiais e relativas. Referente aos pontos díspares, cada quadro sincrônico do fenômeno apresenta-se impar em relação a atuação de fatores estruturais e sociais. Com isso, atesta-se, assim, a validade da hipótese de que o fenômeno do não-uso do subjuntivo encontra-se em estagio mais avançado na amostra mineira do que na baiana

Palavras-chave: Modo verbal , Modalidade (Linguistica), Alternancia indicativo/subjuntivo , Sociolinguistica quantitativa

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