Resumo: Resumo: No Brasil oitocentista, as histórias literárias fizeram carreira, como veículo discursivo historiográfico de invenção, afirmação e convalidação da tradição cultural e literária nacional, especialmente, pelos seus fortes vínculos institucionais. É nesse momento que, portanto, encontramos alguns historiadores aspirando trazer a público a história oficial sobre o conjunto da literatura nacional que contribuísse para a projetada História Geral do Brasil. Desse esforço intelectual, tivemos três exemplos bem-sucedidos: as histórias literárias de Cônego Fernandes Pinheiro (1825-1876), de Ferdinand Wolf (1796-1866) e de Sotero dos Reis (1800-1871). O intuito desse trabalho é trazer uma leitura sobre essas narrativas precursoras, respectivamente, o Curso Elementar de Literatura Nacional (1862), O Brasil Literário (1863) e o Curso de Literatura Portuguesa e Brasileira (1866-1873), como formadoras da tradição historiográfica literária no Brasil. Nesse sentido, pretende-se percebê-las a partir de suas características discursivas, teóricas e metodológicas, aplicadas ao estudo histórico da literatura nacional, como, por exemplo, à construção da periodização, à aplicação da análise literária, à conceituação de "literatura nacional", entre outros aspectos
Palavras-chave: Literatura brasileira - Historiografia, Romantismo