Resumo

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Nem tudo vale: teoria da cooperação interpretativa e dos limites da interpretação segundo Umberto Eco

Antonio Barros de Brito Junior

Orientador(a): Márcio Orlando Seligmann-Silva

Doutorado em Teoria e História Literária - 2010

Nro. chamada: T/UNICAMP - B777n


Resumo:
Resumo: Esta tese trabalha com a teoria da cooperação interpretativa e a teoria dos limites da interpretação na obra teórico-crítica de Umberto Eco. Dividida em quatro capítulos, a tese procura recobrir a extensão dos escritos de Eco, abordando, ao mesmo tempo, a sua teoria dos códigos (da década de 1960 e 1970) e a sua teoria da produção dos signos, esboçada majoritariamente nos livros Tratado geral de semiótica (1975) e Kant e o ornitorrinco (1997). Objetivamos estudar, em primeiro lugar, o conflito existente entre a ideia da indeterminação dos sentidos afirmada nas obras pré-semióticas (sobretudo o livro Obra aberta, de 1962) e a concepção posterior de que a interpretação do texto literário depara-se com limites instituídos pelo código e pelo que Eco chama de "unidade fundamental dos comportamentos". Em segundo lugar, tentamos mostrar qual é o lugar ocupado por Eco no quadro mais geral das reflexões sobre a interpretação literária; destacam-se, neste momento da tese, as comparações com os teóricos da desconstrução. Em seguida, em meio a essa comparação, percebe-se que Eco volta-se para a teoria da produção dos signos com o intuito de fortalecer suas teses a respeito dos limites da interpretação. Nos dois capítulos finais, portanto, dedicamo-nos, por um lado, a apresentar as ideias de Eco relativas à percepção, à conceitualização do mundo e à intersubjetividade e, por outro lado, problematizamos, do ponto de vista da reflexão estética, o alcance de suas teses, no que diz respeito à interpretação do texto literário. Analisamos, também, a noção de abdução, destacando o papel que ela desempenha na aproximação das duas abordagens semióticas desenvolvidas por Eco em sua obra teórica - a saber, a semiótica como teoria da cultura e a semiótica como produção de signos - e, sobretudo, a importância que ela tem na formulação da teoria dos limites da interpretação de Eco. Em meio às análises, concluímos que a teoria da cooperação interpretativa e dos limites da interpretação de Eco compromete, em grande medida, o aspecto estético da interpretação do texto literário

Palavras-chave: Interpretação , Semiotica , Literatura - Historia e critica - Teoria, etc

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