Resumo

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A fonologia xavante: uma revisitação

William Alfred Pickering

Orientador(a): Angel Humberto Corbera Mori

Doutorado em Linguística - 2010

Nro. chamada: T/UNICAMP - P586f


Resumo:
Resumo: Xavante é uma língua da família Jê, falada por aproximadamente 13.000 indígenas que vivem no estado do Mato Grosso. O presente trabalho descreve a fonologia segmental desta língua, utilizando a abordagem fonêmica encontrada no livro Phonemics (PIKE 1971[1947]). Embora a fonologia do Xavante já tenha sido tratada por outros autores, a análise apresentada aqui contém uma variedade de observações e interpretações novas, apresentando soluções para alguns problemas que não foram resolvidos em estudos anteriores. O primeiro capítulo descreve a metodologia usada na pesquisa. Dados foram coletados através da utilização de publicações anteriores, que serviram como guia no desenvolvimento de questionários delineados para solicitar tipos específicos de dados lingüísticos. A pesquisa baseia-se em grande parte em dados solicitados a um informante, indivíduo alfabetizado em Xavante e em Português, que foram comparados com a fala de outras pessoas da mesma região dialetal. O capítulo 2 contém um breve sumário do contexto histórico e lingüístico do povo Xavante e uma revisão da literatura lingüística relevante, composta principalmente de trabalhos feitos por missionários do Summer Institute of Linguistics (SIL) e da Missão Salesiana de Mato Grosso, além da dissertação de Quintino (2000). O terceiro capítulo começa com um sumário da abordagem teórico-metodológica encontrada no livro Phonemics (1971[1947]) de Kenneth Pike. Esta abordagem foi escolhida em parte porque as análises anteriores da fonologia Xavante foram feitas a partir desta perspectiva, e os problemas fonológicos na língua podem ser claramente compreendidos quando vistos à luz das virtudes e limitações da abordagem Pikeana. Uma análise abrangente de todos os fonemas segmentais da língua é apresentada em seguida, com base na perspectiva de Pike e em trabalhos anteriores, além de dados e novas análises. Os fonemas /z,?,?/ e os segmentos de coda [p,m,b] e [j,~j] são discutidos em detalhe e interpretados de uma forma diferente dos autores anteriores. A estrutura silábica é também analisada do ponto de vista Pikeano. O capítulo 4 descreve a evolução dos três diferentes sistemas ortográficos atualmente usados entre os Xavantes, mostrando que algumas das dificuldades enfrentadas pelos criadores destas ortografias refletem problemas na análise fonológica da língua. O capítulo 5 apresenta uma análise original dos segmentos de coda em Xavante. Um aspecto problemático da abordagem de Pike, decorrente do pressuposto de que fonemas são entidades indivisíveis, é discutido neste capítulo, bem como as tentativas de Burgess (1971) e Quintino (2000) de utilizar abordagens teóricas alternativas para analisar as codas em Xavante. Em seguida, apresenta-se o argumento de que as duas codas possíveis na língua, manifestadas respectivamente pelo conjunto neutralizado [p,m,b] e os alofones [j,~j], representam dois segmentos fonológicos em contraste fonêmico na posição final da sílaba. O capítulo 6 resume criticamente o conteúdo dos capítulos anteriores e um apêndice trata dos problemas não resolvidos relacionados ao acento, ao alongamento de vogais e às alterações morfofonológicas

Palavras-chave: Lingua xavante - Fonologia , Linguas je

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