Resumo

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Linguagem e memoria na doença de Alzheimer: contribuições da neurolinguistica para a avaliação de linguagem

Hudson Marcel Bracher Beilke

Orientador(a): Rosana do Carmo Novaes Pinto

Mestrado em Linguística - 2010

Nro. chamada: T/UNICAMP - B396L


Resumo:
Resumo: A doença de Alzheimer é caracterizada pelo deterioro das funções corticais superiores, de padrão progressivo, gradual e persistente. O aumento dos estudos sobre este tema não se deve apenas à incidência estatística e à necessidade de intervir no seu curso, propiciando uma melhor qualidade de vida aos sujeitos, mas também porque a descrição e análise de seus sinais ou sintomas ajudam a compreender o funcionamento do cérebro e das funções superiores, neste trabalho compreendidas como um Sistema Funcional Complexo. Embora as alterações de memória sejam as mais evidentes, alterações de linguagem também estão presentes já nas fases iniciais da DA. Entretanto, por serem mais sutis, normalmente não chamam a atenção dos interlocutores do sujeito e não são detectadas nos testes, pois estes avaliam somente aspectos formais do sistema lingüístico (níveis fonético-fonológico, sintático e semântico), deixando de fora das análises os aspectos pragmáticos e discursivos, justamente onde alterações estariam ocorrendo. Avaliações que considerem esses aspectos contribuiriam significativamente para o diagnóstico diferencial das demências e para a avaliação de sua evolução. A linguagem é entendida, neste estudo, como um sistema simbólico, por meio do qual as funções mentais superiores são socialmente formadas e culturalmente transmitidas; como atividade e como trabalho. A memória, por sua vez, também é tida como prática social, historicamente constituída e organizada pela linguagem e esta, por sua vez, é fundamental para a socialização da(s) memória(s). Conceitos advindos da Análise do Discurso são convocados, uma vez que relacionam memória e linguagem, por meio do conceito de memória discursiva. Tendo as questões acima como cenário, as discussões teórico-metodológicas se desenvolveram à luz da Neurolingüística enunciativo-discursiva. Este trabalho objetiva demonstrar que a análise lingüística de episódios dialógicos, por meio da metodologia microgenética, pode contribuir tanto para a avaliação de linguagem na DA, como para orientar o acompanhamento terapêutico, pois revela aspectos do funcionamento da linguagem e da memória, contribuindo para a construção de teorias neurolingüísticas e neuropsicológicas, além de revelarem a capacidade dos sujeitos para reorganizarem aspectos de sua(s) memória(s), por meio de atividades significativas, pelo uso da linguagem, mostrando-se mais adequadas do que a avaliação por meio de baterias de testes, centradas no sistema da língua, que desconsideram variações individuais e outras variáveis importantes para a compreensão dos fenômenos. A pesquisa buscou ainda evidenciar que interlocutores qualificados podem intervir de forma a retardar a evolução da doença, por meio da proposição de atividades significativas para os sujeitos com DA

Palavras-chave: Memória , Linguagem , Avaliação , Alzheimer, Doença de , Neurolinguistica

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